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Polícia Militar investiga ex-comandante após actos violentos em Brasília

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A Corregedoria da Polícia Militar abriu um inquérito ao comandante demitido do Departamento de Operações do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime, por suspeitas de que teria adiado intencionalmente a operação contra 'bolsonaristas' que invadiram edifícios públicos no domingo.

A denúncia contra Naime sustenta que liderou os homens sob sua responsabilidade muito lentamente, inclusive parando em várias ocasiões, segundo o portal de notícias brasileiro Metrópoles.

A atuação das forças de segurança durante o assalto às instituições em Brasília, capital do Brasil, foi amplamente questionada e levantou suspeitas do novo Governo liderado pelo Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que na quinta-feira disse desconfiar de que houve cumplicidade dentro do Exército e da Polícia Militar.

Com o passar dos dias, surgem mais vídeos do que aconteceu. Um dos mais recentes, divulgado pelo portal de notícias G1, mostra como soldados do Exército atrapalham o trabalho da Polícia Militar ao tentar prender vários apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro que atacaram o Palácio do Planalto.

No entanto, o Exército rejeitou o suposto conluio de suas tropas com os agressores e destacou que essas imagens estão "fora de contexto", já que "a situação estava sob controlo" e "os manifestantes sob custódia".

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira que apoiam o anterior presidente, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, na capital brasileira.

Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.

Torres é alvo de um pedido de prisão que ainda não foi cumprido por se encontrar em viagem aos Estados Unidos da América.