A Guerra Mundo

Putin ordena protecção de habitantes em regiões anexadas contra Kiev

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O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje aos encarregados dos serviços de segurança que protejam os habitantes das regiões anexadas no final de setembro pela Rússia de processos criminais por parte da Ucrânia.

A ordem foi dada hoje pelo Presidente à Comissão de Investigação, ao Serviço Federal de Segurança, ao Ministério da Administração Interna e ao Supremo Tribunal da Rússia.

De acordo com a diretiva, estes órgãos terão de procurar "anular" as consequências jurídicas das decisões contra os habitantes das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, que estão a ser proferidas pela Justiça ucraniana.

Putin ordenou ainda uma avaliação da legalidade da perseguição a ativistas, jornalistas e defensores de direitos na Ucrânia, referindo-se a denúncias de processos abertos contra cidadãos pró-Rússia.

O líder russo também pediu para que sejam analisadas as propostas do Conselho de Direitos Humanos ligado ao Kremlin para estabelecer punições criminais por discriminação contra russos no estrangeiro.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.