Debandada à vista?
O Nacional está entre as oito equipas portugueses que ainda sonham com a Taça. Mas o futuro gera pesadelos
Boa noite!
Despachado que está o Rabo de Peixe, o Nacional disputa os quartos-de final da Taça frente ao Casa Pia, um jogo marcado para Fevereiro no continente e que dá acesso às meias-finais a duas mãos frente ao Braga ou o Benfica. Trata-se de um adversário de outro gabarito, que tem feito uma primeira volta notável na I Liga e que assim pode comprometer um sonho alvi-negro, nunca concretizado, o de chegar à final da competição, este ano marcada para 4 de Junho.
Para quem tem tido uma época carrossel na Liga secundária, a prova rainha acaba por disfarçar equívocos técnico-táticos, contratações inacreditáveis - só explicáveis ao abrigo das hipotéticas comissões auferidas por quem traz às dúzias e devolve à procedência outros tantos, alguns sem qualquer minuto jogado – e ainda a apatia de sócios pouco exigentes com quem lidera os destinos do clube.
Mesmo assim corre com alguma insistência que se avizinha debandada directiva no final da época. Os mais cépticos costumam questionar qualquer mudança pois, para além de Rui Alves, não vislumbram que qualquer outro dirigente se possa arriscar a mandatos de incerteza desportiva. Os mais inconformados entendem que urge provocar rupturas, rumo a novo ciclo, para que possa haver margem capaz de convencer potenciais investidores endinheirados a entrar na SAD do Nacional.
A experiência adquirida em vários mandatos facilita a continuidade do timoneiro histórico. E nem está em causa a variante popular assente na tese que a quem comeu a carne deve ser dada a oportunidade de roer os ossos. Mas será que a repetitiva opção é a única que protege o Nacional de desfecho semelhante ao do União?