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Menos casos de gripe e infecções respiratórias na primeira semana de 2023

Foto DR
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Os casos de gripe e infeções respiratórias diminuíram na primeira semana de 2023, continuando a ser mais predominante em Portugal a do tipo A (gripe A), indicou hoje o INSA.

O Boletim de Vigilância da Gripe e outros Vírus Respiratórios do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) avança também que na semana de 02 a 08 de janeiro observou-se "mortalidade por todas as causas dentro do esperado em Portugal", apesar de ter sido identificados "excessos de mortalidade por todas as causas na região Norte e no grupo etário com 75 e mais anos de idade".

O INSA realça que o excesso de mortalidade no Norte e em idosos com mais de 75 anos faz parte de um período mais alargado, que começou a 28 de novembro, num total de seis semanas.

No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, na época 2022/2023, foram analisados 727 casos de infeção respiratória aguda/síndrome gripal (IRA/SG) e detetados 282 (38,8%) casos de gripe, sendo 280 (99,3%) do tipo A e 2 (0,7%) do tipo B, tendo ainda sido detetados 75 casos de SARS-CoV-2 (10,3%).

Na primeira semana do ano, foram detetados dois casos positivos para o vírus da gripe, ambos do tipo A e dois casos positivos para SARS-CoV-2, tendo ainda sido registados nas redes sentinela 15 casos de co-infeção, quatro das quais de co-infeção SARS-CoV-2 e vírus da gripe.

Na atual época, com início em outubro de 2022, os laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais) notificaram 42.143 casos de infeção respiratória e foram identificados 7.163 casos de gripe, refere o boletim.

Segundo o INSA, na primeira semana de 2023 foram identificados nos hospitais 299 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 269 do tipo A e 14 do tipo B, tendo sido detetados 44 casos do subtipo A(H3) e 14 do subtipo A(H1).

"Até ao momento, foram detetados 70 casos de co-infeção pelo vírus da gripe e SARS-CoV-2. Desde outubro foram identificados outros agentes respiratórios em 9.222 casos e, na última semana, foram identificados outros agentes respiratórios em 490 casos, na sua maioria vírus sincicial respiratório", lê-se no boletim.

O documento refere também que, nas últimas semanas, observa-se uma diminuição no número de internamentos por vírus sincicial respiratório (RSV), mas ressalva que os internamentos são atualizados "retrospetivamente à data de alta, pelo que o menor número de casos nas últimas semanas, especialmente tendo em conta o período de Natal/Ano Novo acoplado a um maior atraso na notificação", pelo que "deve ser interpretado com cautela e confirmado nas próximas semanas".

Desde o início de outubro que foram reportados 328 casos de internamento por RSV pelos hospitais que integram esta rede de vigilância sentinela e cerca de 55 % das crianças tinham menos de três meses de idade, 14% ocorreram em bebés pré-termo e 15 % tinham baixo peso ao nascer.

O INSA dá conta que 10 % das crianças foram internados em unidades de cuidados intensivos ou necessitaram de ventilação.

O boletim indica ainda que os internamentos em cuidados intensivos e enfermaria por gripe ou infeções respiratórias diminuíram na primeira semana do ano.