Assalto a residencial portuguesa no sudoeste de Joanesburgo faz um morto
O gestor de uma casa de hóspedes portuguesa no sudoeste de Joanesburgo foi morto brutalmente durante um violento assalto na madrugada de quarta-feira, disse hoje o proprietário do estabelecimento à Lusa.
O homem, de 46 anos, com nacionalidade moçambicana, "foi espancado até à morte com uma viga de cimento", declarou o proprietário Richard Pestana.
O empresário lusodescendente, que detém vários estabelecimentos comerciais, explicou que a vítima, Domingos António Novela, "fez 46 anos agora, em janeiro, e estava para ir de férias a Moçambique no próximo mês para ver a família e os filhos".
"Ele geria a nossa 'guest house' e entrou no estabelecimento no momento em que estava a decorrer o assalto. O incidente ocorreu às 06:00 [04:00 em Lisboa] da madrugada de ontem [quarta-feira]", salientou Richard Pestana.
Os assaltantes roubaram "artigos de decoração e roupa de cama", frisou, acrescentando que a polícia sul-africana deteve duas pessoas em ligação com o assalto à residencial, situada em Carletonville, junto a uma das maiores áreas de mineração de ouro do mundo no distrito de West Rand, cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Joanesburgo, a capital económica da África do Sul.
Questionado pela Lusa sobre a criminalidade naquela cidade satélite de Joanesburgo, Richard Pestana considerou que "o crime está fora de controlo, está a ser fomentado principalmente pelo narcotráfico".
Numa mensagem enviada hoje por SMS à comunidade, o Fórum Português na África do Sul, uma organização não-governamental (ONG) de defesa dos interesses da diáspora portuguesa no país, afirmou que "condena veementemente o assassinato sem sentido de Domingos António Novela", apelando às autoridades sul-africanas para que "seja feita justiça".