Turismo País

Vila Galé aumenta salários em 11% e sobe salário mínimo para os 900 euros

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A Vila Galé, que tem cerca de 1.350 colaboradores em Portugal, vai dar aumentos médios de 11% este ano e subirá o salário mínimo praticado no grupo para 900 euros. Serão ainda criadas soluções para apoiar o acesso à habitação e contribuir com outros apoios sociais e incentivos para os seus colaboradores.

Estas medidas visam contribuir para progressivamente subir o vencimento médio praticado e reforçar os benefícios dados aos colaboradores, e que incluem já, por exemplo, férias gratuitas e descontos até 65% nos hotéis Vila Galé, seguro de saúde, prémios anuais de produtividade, planos de formação contínua ou bolsas de apoio à educação, além de traduzirem uma redistribuição dos resultados alcançados no ano passado.

Com 37 hotéis em Portugal e no Brasil, a Vila Galé teve em 2022 um ano excelente, alcançando um volume de negócios de 218 milhões de euros, mais 20% do que em 2019.

Nos 27 hotéis em Portugal, as receitas somaram cerca de 135 milhões de euros – mais 17,5% quando se compara com o período pré-pandemia –, com cerca de 973 mil quartos ocupados, 1,95 milhões de dormidas e 670 mil clientes, contando com as novas unidades abertas em 2020.

Desde 2019, a Vila Galé abriu mais dois hotéis em território nacional, o Vila Galé Collection Alter Real (2020) e o Vila Galé Serra da Estrela (2020), e expandiu o Vila Galé Douro Vineyards (2020), um agroturismo em Armamar que passou de sete para 49 quartos. Estas unidades deram também um contributo para o aumento da receita.

Em 2022, os clientes portugueses representaram 44% do total das dormidas, seguindo-se os mercados emissores do Reino Unido (14%), Alemanha (7%), Espanha (5%), França (4%), Brasil (3%) e Estados Unidos da América (2%), cabendo o restante a outras nacionalidades. O extraordinário crescimento em 2022 ficou, por isso, a dever-se em grande parte ao mercado português que sempre foi o preferido e o mais relevante na Vila Galé ao longo dos anos, desde a sua fundação.

Quanto às dez unidades no Brasil, tiveram receitas de 464 milhões de reais em 2022, mais 25% do que em 2019. Tendo em conta uma taxa de câmbio de 1€ = 5,6R$, o último exercício naquele país gerou cerca de 83 milhões de euros de receita.

Descontando o contributo dos novos hotéis – o Vila Galé Paulista, inaugurado em Agosto de 2020 em plena pandemia, e o Vila Galé Alagoas, a funcionar desde Junho de 2022 – o volume de negócios teria subido 14%, para 423 milhões de reais.

Face aos resultados do Vila Galé Alagoas no segundo semestre de 2022, as expectativas são bem elevadas.

Com três hotéis de cidade, seis resorts no regime de “tudo-incluído” e um resort urbano, no Brasil registaram-se 568 mil quartos ocupados e 1,35 milhões de dormidas e 324 mil clientes. Brasil (93%), Argentina (2%) e Portugal (1,5%) são os três principais mercados emissores no total de dormidas.

“Depois de dois anos muito difíceis, os resultados de 2022 revelaram-se uma agradável surpresa. Foi um ano de forte e rápida recuperação, em que o turismo provou mais uma vez a sua capacidade de resiliência e demonstrou o papel fundamental que tem na economia portuguesa”, salienta o presidente do grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida.

“Em 2023, manteremos um plano de expansão focado na valorização do património, continuando a apostar na recuperação e reabilitação de edifícios históricos e nos hotéis temáticos. E prosseguiremos com a estratégia de desenvolvimento do interior do país, investindo em regiões com menores fluxos turísticos, mas onde vemos muitas oportunidades e uma enorme diversidade de propostas culturais, gastronómicas e de experiências diferenciadoras”, continua.

“Adicionalmente, na Vila Galé teremos outras grandes bandeiras como a contínua melhoria das infraestruturas, através da renovação dos hotéis e do lançamento de novos conceitos, a sustentabilidade e a valorização dos recursos humanos”, acrescenta.