Western Union retoma operações de transferência de dinheiro para Cuba em pograma piloto
A Western Union anunciou hoje que retomou as operações de transferência de dinheiro para Cuba nas últimas semanas através de um programa piloto de pequena escala e apenas a partir da Florida.
"É com grande prazer que anunciamos a retomada das nossas operações em Cuba numa fase inicial de teste de serviço de saída dos Estados Unidos para clientes com contas bancárias cubanas através de meios locais de agentes americanos selecionados", disse o presidente da Western Union na América do Norte, Gabriella Fitzgerald, numa declaração enviada aos órgãos de comunicação social locais.
"A estreita conexão entre os nossos clientes nos Estados Unidos e as suas famílias que vivem em Cuba, juntamente com o papel que os nossos serviços desempenham em ajudar a criar uma vida melhor, estão intrinsecamente ligados", precisou o responsável.
O Conselho Económico e Comercial Estados Unidos - Cuba, entidade privada sem fins lucrativos que fornece informações fiáveis sobre a ilha a empresas norte-americanas, divulgou os detalhes da retomada deste serviço, que foi interrompido em 2020.
Segundo esta entidade, as remessas só podem ser feitas pessoalmente em cerca de vinte locais na Florida e no máximo 2.000 dólares (1.835 euros) por dia.
A empresa teve que suspender as operações de envio de dinheiro para Cuba em novembro de 2020 porque o então presidente Donald Trump proibiu qualquer transação entre os Estados Unidos e a Fincimex, entidade financeira responsável pela gestão do dinheiro enviado para a ilha e com quem a Western Union operava.
O Conselho Económico e Comercial EUA -- Cuba indica que agora a Western Union opera, no lugar da Fincimex, com a Orbit, uma empresa estatal que envia recursos para o Banco Popular de Ahorro, Banco Metropolitano S.A. e o Banco de Crédito y Comercio (Bandec), também controlado pelo Estado.
As remessas só podem ser em dólares para contas e cartões de débito desses bancos e não em moeda livremente conversível.
As remessas são uma parte importante das rendas de milhares de famílias em Cuba e representaram, entre 2005 e 2020, 6% do produto interno bruto (PIB) da ilha, segundo estimativas de especialistas independentes.