Polónia é o principal país de acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia
A Polónia é o Estado-membro da União Europeia (UE) que mais refugiados ucranianos recebeu em novembro de 2022 (40.370), e o que mais estatutos de proteção temporária concedeu desde a invasão russa, divulga hoje o Eurostat.
À Polónia seguem-se a Alemanha (36.385), Roménia (10.745) e França (8.835) com os maiores números de refugiados ucranianos acolhidos, na sequência da agressão de Moscovo que se iniciou em 24 de fevereiro de 2022.
Face a outubro, o número de ucranianos que receberam proteção temporária recuou em 20 dos 26 Estados-membros com dados disponíveis, com as maiores baixas a serem registadas na Polónia (-14.150), na Bulgária (-4.420), na Irlanda (-2.005) e na Alemanha (-1.210).
Por outro lado, segundo o serviço estatístico da UE, os crescimentos mais representativos foram observados em França (5.505) e na Roménia (2.320).
Desde o início da guerra, a Polónia é o país que maior número de ucranianos acolheu (939.865), seguindo-se a Alemanha (901.930), a Espanha (153.760) e a Bulgária (144.315).
Portugal concedeu, em novembro de 2022, 965 estatutos de proteção temporária, um recuo face aos 1.165 do mês anterior.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.