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Novo Banco estima impacto positivo de 2,9 ME com conclusão do Projeto Crow

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O Novo Banco estima que a conclusão da venda de ativos no âmbito do Projeto Crow tenha um impacto positivo de 2,9 milhões de euros no resultado antes de imposto de 2022, segundo um comunicado ao mercado.

Assim, no seguimento das informações divulgadas em 23 de agosto e 29 de dezembro de 2022 pelo Novo Banco, a instituição "informa que a conclusão do Projeto Crow repercute-se num impacto esperado positivo de 2,9 milhões de euros no resultado antes de imposto de 2022", lê-se na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Novo Banco já tinha anunciado que ia receber 224 milhões de euros pela conclusão deste projeto.

Também hoje, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou que recebeu cerca de 187 milhões de euros com a conclusão da sua venda de ativos no âmbito do Projeto Crow, segundo um comunicado enviado à CMVM.

Na nota, um complemento ao anúncio, de 29 de dezembro, sobre a venda de "unidades de participação no Fundo de Recuperação Turismo, Fundo de Capital de Risco (FRT) e FLIT - PTREL, SICAV-SIF, S.C.A. (FLIT), bem como de outros ativos do setor hoteleiro (Projeto Crow)", a CGD informou que "a conclusão desta transação repercutiu-se no recebimento aproximado de 187 milhões de euros".

Segundo o banco, "a redução da exposição no balanço aos Fundos de Reestruturação deverá refletir-se num aumento estimado de 9 p.b. [pontos base] do rácio de capital CET1 da Caixa face ao rácio reportado a setembro de 2022".

O "impacto estimado nos resultados do exercício de 2022 deverá ser positivo em cerca de 14 milhões de euros antes de impostos", estimou a CGD.

Na segunda-feira, o BCP anunciou que recebeu cerca de 233 milhões de euros pela venda de ativos no âmbito do Projeto Crow, que teve um impacto positivo de 1,6 milhões de euros no resultado de 2022.

No dia 29 de dezembro, foi concluído o Projeto Crow, após a celebração de contratos de compra e venda com uma sociedade relacionada com a Davidson Kempner Capital Management, juntamente com o Novo banco, Caixa Geral de Depósitos, Santander e a Oitante.

Em causa estão unidades de participação no Fundo de Recuperação Turismo, Fundo de Capital de Risco e FLIT-PTREL-SIF, S.C.A., bem como de outros ativos do setor hoteleiro.

Segundo os comunicados enviados, à data, pelo BCP, CGD e Novo Banco ao regulador, em resultado da conclusão deste projeto, as unidades de participação dos vendedores no Fundo de Recuperação do Turismo, Fundo de Capital de Risco (FRT) e os ativos detidos pelo FRT foram transferidos para a compradora - uma sociedade relacionada com a Davidson Kempner Capital Management.

O mesmo aconteceu com as ações dos vendedores no FLIT e com os ativos detidos pelo FLIT.

Alguns ativos hoteleiros, detidos pelo Fundo de Recuperação, foram comprados pelo FLIT, enquanto certos ativos detidos pela FLIT e FRT foram transferidos para vendedores relevantes.