Reino Unido preocupado com notícias sobre saúde da Rainha
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, disse hoje que "todo o país" está preocupado com o estado de saúde da Rainha Isabel II, após as inquietações levantadas pelos médicos da monarca de 96 anos.
"Todo o país fica preocupado com as notícias de Buckingham", escreveu na rede social Twitter a chefe do Governo.
"Os meus pensamentos e os de pessoas em todo o Reino Unido estão com Sua Majestade, a Rainha e a sua família", referiu.
Os serviços do palácio real anunciaram hoje que os médicos da Rainha Isabel II estão preocupados com o seu estado de saúde, depois de já na quarta-feira a monarca, de 96 anos, ter cancelado um evento, por sugestão médica.
"Após uma nova avaliação esta manhã, os médicos da Rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica. A Rainha continua a sentir-se confortável e em Balmoral", uma propriedade na Escócia, revelou o palácio numa breve declaração.
O seu filho e herdeiro do trono, Carlos, e o neto William foram ter com Isabel II à residência de Balmoral e os membros mais próximos da família real estão a ser informados sobre o estado de saúde da monarca, segundo fontes oficiais.
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, também afirmou estar "profundamente preocupada" com o estado de saúde de Isabel II que, em fevereiro passado, se tornou na primeira monarca britânica a alcançar 70 anos de reinado.
"Os meus pensamentos e desejos estão com a Rainha e com toda a família real neste momento", disse Nicola Sturgeon, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
O líder do Partido Trabalhista (a principal força da oposição britânica), Keir Starmer, manifestou-se igualmente preocupado com as notícias, juntando-se a todos aqueles que desejam e têm esperança na recuperação da monarca, segundo informou a estação pública britânica BBC.
Outros líderes e ex-líderes políticos britânicos também expressaram a sua preocupação nas últimas horas, como foi o caso do antigo primeiro-ministro britânico David Cameron e de Ed Davey, responsável máximo do Partido Liberal Democrata.
Davey assinalou, na rede social Twitter, que "todos os pensamentos" do povo britânico estão agora com a monarca e com a sua família, ao mesmo tempo que orações estão a ser proferidas por todo o país para uma "plena recuperação" de Isabel II.
Rishi Sunak, o antigo ministro das Finanças que perdeu a corrida à liderança do Partido Conservador para a atual primeira-ministra Liz Truss, juntou-se igualmente à lista de políticos britânicos que mostraram o seu apoio a Isabel II.
"Os meus pensamentos e orações estão com a Sua Majestade e toda a família real", escreveu no Twitter.
Já o presidente da Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico), Lindsay Hole, interrompeu o discurso do deputado britânico Ian Blackford sobre as novas medidas que o Governo quer promover para aliviar a crise energética para ler uma declaração na qual expressava, em nome de toda a Câmara, o seu apoio à família real.
O arcebispo da Cantuária (o líder da Igreja Anglicana), Justin Welby, disse, por sua vez, que as suas orações estão com a monarca e com a família real.
A rainha Isabel II já tinha anunciado na quarta-feira o adiamento de uma reunião do Conselho Privado [Privy Counsel] depois de os médicos a terem aconselhado a descansar, na sequência das audiências com Boris Johnson e Liz Truss na terça-feira.
Na terça-feira, a rainha recebeu o primeiro-ministro cessante Boris Johnson na residência escocesa em Balmoral para apresentar a demissão, e depois Liz Truss, a qual nomeou oficialmente primeira-ministra.
Imagens divulgadas pelo palácio mostraram a Rainha de 96 anos, sorridente e apoiada numa bengala, apertando a mão à nova líder, que se tornou a 15.ª chefe de governo no reinado de 70 anos.
Desde que foi internada no hospital há quase um ano para testes não especificados, a Rainha tem aparecido cada vez mais raramente, mostrando um declínio na saúde.
Tem delegado cada vez mais deveres ao filho Carlos, herdeiro da coroa, que em maio fez a abertura de Estado do Parlamento, pela primeira vez naquela que é uma das principais funções constitucionais da monarca.