Madeira

Políticos devem assumir "atitude de moderação, equilíbrio e sentido de responsabilidade"

Ireneu Barreto, Representante da República para a Madeira

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

No encerramento das intervenções (sete) ocorridas na sessão solene comemorativa dos 521 anos do Concelho da Ponta do Sol, Ireneu Barreto, Representante da República para a Madeira confessou "particular emoção por estarmos a celebrar o Dia da Ponta do Sol", concelho de onde é natural, e por isso, assumidamente "ponta-solense orgulhoso".

Para Ireneu Barreto "a Ponta do Sol é hoje um concelho de futuro, onde se conjuga, de forma porventura exemplar, o respeito pelo passado e pela tradição com a procura do progresso e de novos horizontes", sublinhou.

Na reflexão sobre o futuro próximo e os problemas que emergem, reconheceu que "há fundados receios de que os tempos próximos sejam de crise económica e inflação, com o aumento do custo de vida a trazer dificuldades acrescidas para os cidadãos mais frágeis e aumento das desigualdades sociais. É fundamental, portanto, que possamos todos contribuir, perante anunciadas dificuldades, para uma sociedade mais solidária e mais inclusiva", desejou. Acrescentou que "essa responsabilidade é sobretudo dos políticos, a quem confiamos os destinos da nossa comunidade", disse.

E porque vamos entrar num período em que, "como é saudável em democracia, teremos mais um acto eleitoral para os órgãos de Governo próprio da nossa Região" apelou "a todos os intervenientes – não só os políticos, mas também os cidadãos – assumam uma atitude de moderação, equilíbrio e sentido de responsabilidade". Reforçou que "é necessário o esforço da comunidade para eleger prioridades, definir estratégias e gerir recursos públicos. De debate de ideias e de apelo à participação cívica, que proporcionem as melhores soluções para a Comunidade com os meios que temos".

O Representante da República valorizou o exemplo da Ponta do Sol, onde Célia Pessegueiro é "a primeira Presidente de Câmara eleita para dirigir os destinos de um Município na Região". Manifestou esperança que o exemplo da autarca "de disponibilidade democrática para ser eleita possa ser cada vez mais frequente e comum, não só na Madeira como no país", afirmou.