Depois de reconhecer que "a Ponta do Sol tem tido ao longo dos anos uma evolução extremamente positiva", o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, assegura que o governo tem investido e vai continuar "a investir neste concelho, como em todos os outros, não discriminando nenhum concelho".

Em jeito de resposta aos muitos reparos e críticas que ouviu dos oradores socialistas, em particular da presidente da Câmara, Célia Pessegueiro, lembrou aos presentes que enchem o auditório do Centro Cultural John dos Passos, que "é importante as pessoas terem memória" para enumerar um rol de investimentos do Governo Regional do Concelho da Ponta do Sol. Albuquerque admitiu que poderia ser exaustivo na intervenção, mas justificou esse 'esmiuçar' das intervenções realizadas pelo Governo Regional porque importava esclarecer onde é aplicado o dinheiro público, respondendo assim às críticas e dúvidas suscitadas pela presidente da Câmara. Antes, lembrou aos presentes que "a política exige actos concretos e não apenas declarações de intenções", afirmou, em jeito de resposta ao rol de reparos que ouvira minutos antes.

Depois de assegurar que não estava na sessão solene "com 'cartas na manga'", Albuquerque abordou a questão da habitação, para contestar que o Governo queira criar guetos ou bairros sociais, mas antes, procura investir como "complemento de um conjunto de iniciativas de modo a garantir que os madeirenses continuem a ter acesso à habitação".

Sobre a recente polémica do transporte escolar decorrente da fusão de escolas no Concelho da Ponta do Sol, Albuquerque esclareceu que essa fusão não ocorre porque o presidente do Governo ou o secretário de Educação assim quer, mas "é feita no sentido de salvaguardar a qualidade do ensino que é ministrado aos alunos", porque manter escolas abertas com 'meia-dúzia' de alunos "é anti-pedagógico".

Sobre a Estrada dos Anjos, Albuquerque deixou claro que está disponível para "trabalhar em prol deste concelho" para desafiar Célia Pessegueiro a fazer o mesmo que fez o seu homólogo da Ribeira Brava. "Gostava que fizesse um projecto, a exemplo do que fez o presidente da Ribeira Brava para a marginal, de contenção, sem por em causa a beleza natural daquela área". Albuquerque prometeu financiar esse projecto.

A terminar a intervenção, Albuquerque referiu-se à prometida e constantemente adiada nova esquadra da PSP na Ponta do Sol, para concluir que esse "é um bom exemplo do que seria a Madeira se nós estivéssemos dependentes do poder Central".