A Guerra Mundo

Forças de Kiev recuperam zonas conquistadas por Moscovo em Kharkiv

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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou esta quarta-feira que as forças ucranianas recuperaram parte das terras conquistadas por Moscovo na região de Kharkiv, onde decorre uma contraofensiva de Kiev desde o final de agosto.

"Esta semana, temos boas notícias da região de Kharkiv", sublinhou o chefe de Estado ucraniano durante o seu habitual discurso noturno divulgado na rede social Telegram, onde aplaudiu o trabalho dos seus militares na reconquista de zonas perdidas no início do conflito para Moscovo.

Zelensky não detalhou em concreto quais os avanços, referindo que "não é altura de nomear as áreas onde a bandeira ucraniana está novamente a levantada".

O governante sublinhou que qualquer "sucesso" numa das frentes "muda a situação geral" em toda a linha de batalha "a favor da Ucrânia".

Para o Presidente ucraniano, "quanto mais difícil for para os ocupantes [russos], quantas mais perdas tiverem, melhor será a posição dos defensores no Donbass".

Volodymyr Zelensky espera continuar a avançar em regiões como Zaporijia e Dnipropetrovsk e acabar com a libertação de todas as áreas do leste e do sul que estão atualmente nas mãos da Rússia ou de forças aliadas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países vizinhos --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou hoje no seu 196.º dia, 5.718 civis mortos e 8.199 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.