GR acusa Câmara da Ponta do Sol de "colocar a luta político-partidária no lugar do bem-estar das crianças e das famílias"
Secretaria da Educação vai passar a assegurar o transporte escolar do 1.º ciclo no concelho, já que a autarquia local "furtou-se a tal responsabilidade"
A Secretaria Regional de Educação vai assumir o transporte das crianças do concelho da Ponta do Sol matriculadas no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Em causa está "a recusa da Câmara Municipal da Ponta do Sol em assumir o transporte" escolar dos alunos do concelho.
Em nota enviada à comunicação social esta quarta-feira, 7 de Setembro, a secretaria, tutelada por Jorge Carvalho, dá conta que foi "confrontada" com a informação ontem, depois de "pedidos formulados à autarquia pelos responsáveis pelas escolas Básicas do 1.º Ciclo com Pré-escolar do Carvalhal e Carreira e do Lombo dos Canhas, a 4 e a 16 de Agosto, respectivamente".
Câmara da Ponta do Sol imputa responsabilidade do transporte dos alunos à Secretária da Educação
Num comunicado enviado à redacção, a Câmara Municipal da Ponta do Sol informa que quer que a Secretaria Regional de Educação resolva o problema do acréscimo de transportes dos alunos nas escolas que foram alvo de fusão.
Perante a situação, a Secretaria da Educação decidiu adoptar "as medidas indispensáveis a que tal transporte seja assegurado sob a sua responsabilidade, até que a situação seja normalizada", lê-se no comunicado.
O Governo Regional informa à população e encarregados de educação das crianças em causa que a partir de sexta-feira, 9 de Setembro, o serviço de transporte das crianças decorrerá sob a responsabilidade da Secretaria Regional de Educação.
Uma vez que a organização desse transporte e os respectivos encargos incumbem às autarquias locais, a Secretaria Regional de Educação estranha que a Câmara Municipal da Ponta do Sol seja a única da Região a furtar-se a tal responsabilidade. Secretaria Regional de Educação
A secretaria acusa a Câmara Municipal da Ponta do Sol, presidida por Célia Pessegueiro, de "colocar a luta político-partidária no lugar do bem-estar e dos demais direitos das crianças e das famílias", já que apenas comunicou a decisão de não assumir o transporte dos alunos "no momento da abertura do ano lectivo".