Desporto

Treinador português Carlos Queiroz confirmado como novo selecionador do Irão

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O treinador português Carlos Queiroz está de regresso ao comando da seleção do Irão de futebol e vai orientar a equipa asiática na fase final do Mundial2022 do Qatar, confirmou hoje a federação local.

"Carlos Queiroz foi o escolhido para ser o novo selecionador do Irão", lê-se num comunicado publicado no sítio oficial do organismo.

O treinador luso, de 69 anos sucede ao croata Dragan Skocic e regressa ao Irão, seleção que liderou durante oito anos, entre 2011 e 2019, tendo apurado esse país para o Mundial2014, no Brasil, e o Mundial2018, na Rússia.

Queiroz tinha sido uma promessa eleitoral de Mehdi Taj, o novo presidente da Federação Iraniana de Futebol, que assumiu o cargo na última semana, depois de já ter passado pelo organismo entre 2016 e 2019.

O antigo selecionador português, que estava livre depois de já este ano ter abandonado o Egito, prepara-se para viver o seu quarto Campeonato do Mundo, depois de, em 2010, também ter comandado Portugal na prova que decorreu na África do Sul.

Ao todo, no seu currículo, Queiroz orientou seis seleções, já que esteve igualmente no comando dos Emirados Árabes Unidos (1999), da África do Sul (2000 a 2001) e da Colômbia (2019 a 2020), além de Portugal (1991 a 1993 e 2008 a 2010), Irão e Egito (2021 a 2022).

No Mundial2022, que vai decorrer no Qatar entre 20 de novembro e 18 de dezembro, o Irão vai disputar o Grupo B, juntamente com Inglaterra, País de Gales e Estados Unidos.

Depois de conquistar dois Mundiais sub-20 com Portugal, em 1989 e 1991, com a denominada 'geração de ouro', Queiroz foi o escolhido para levar a seleção principal ao Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, mas falhou esse objetivo e abandonou o cargo, na altura, com criticas fortes à Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Seguiram-se três temporadas no Sporting (o máximo que conseguiu foi uma Taça de Portugal) e passagens pelos Estados Unidos, Japão, Emirados e África do Sul até chegar a Inglaterra, em 2002/03, para ser adjunto de Alex Ferguson no Manchester United.

Na época seguinte, Queiroz foi o escolhido para comandar o Real Madrid, mas a aventura no emblema espanhol apenas durou uma temporada, regressando no final a Manchester, novamente para ser o número dois de Ferguson.

Em 2008, o antigo guarda-redes regressou à seleção portuguesa, desta vez para render o brasileiro Luiz Felipe Scolari e garantir o apuramento para o Mundial2010, objetivo que foi cumprido.

Na África do Sul, Portugal caiu nos oitavos de final perante a Espanha (1-0), que viria a conquistar a prova, e Queiroz voltou a abandonar o cargo em conflito aberto com a direção da FPF.

Em 2011, o técnico chegou ao Irão, onde permaneceu oito anos, disputando dois Mundiais, ficando sempre pela fase de grupos.

No Brasil, em 2014, a seleção iraniana apenas alcançou um empate, mas, em 2018, na Rússia, Queiroz obteve um triunfo (1-0 sobre Marrocos), apenas o segundo da história desse país em Campeonatos do Mundo, e empatou com Portugal (1-1).

Depois da Ásia, Queiroz rumou à Colômbia e chegou aos quartos de final da Copa América, mas acabou despedido em pouco mais de ano, devido a um arranque negativo na qualificação para o Mundial2022.

Após a América do Sul, o técnico luso regressou a África, desta vez para comandar o Egito, mas também se manteve pouco tempo no cargo, já que falhou a conquista da Taça das Nações Africanas (perdeu na final com o Senegal) e o apuramento para o Campeonato do Mundo (novamente derrotado pelo Senegal).