Madeira

Simulação clínica importante porque doentes não são cobaias

Centro de Simulação Clínica da Madeira comemora dez anos

None

É uma das ideias deixadas no dia em que se comemora dez anos de existência do Centro de Simulação Clínica da Madeira (CSCM): Os depoentes não são cobaias. A mensagem foi deixada por Pedro Ramos, secretário regional da Saúde, e por Regina Rodrigues, directora do centro.

Pedro Ramos, no âmbito da sessão comemorativa, que decorreu na sala de sessões do Hospital Dr. Nélio Mendonça, destacou o que considera ser o sucesso do Centro, algo que se traduz em vários indicadores, que apresentou: 12 grupos temáticos, liderados por médicos e enfermeiros; 600 cursos realizados; 8 mil formandos; 4 mil horas de formação.

O governante aproveitou o momento para agradecer a todos os conselhos de administração do SESARAM, do tempo de vida do CSCM, que permitiram um esquema de funcionamento com horas dedicadas ao Centro. Sem isso, não teria havido sucesso.

Pedro Ramos, que dirigiu o Centro nos primeiros anos de existência, afirmou que simular bem proporciona mais segurança ao desempenho dos profissionais de saúde, o que se traduz em menos mortalidade dos doentes e em menores sequelas do episódios que venham a viver. E, lembrou o secretário da Saúde: “Não podemos treinar com as pessoas, mas com os manequins.”

A directora do CSCM lembrou que este dispõe de manequins e partes de manequins de alta fidelidade e que é capaz de gerar cenários imersíveis. Na prática, isso significa que os formandos, nomeadamente, mas não exclusivamente, os médicos, sentem-se e desempenham como se estivessem a tratar de um doente verdadeiro. “A ansiedade e o empenho durante as sessões são reais”.

A simulação clínica foi uma ferramenta introduzida na Madeira em 2012 e tem vindo a conquistar os profissionais de saúde. Regina Rodrigues explica que, com as ferrementas e técnicas que disponibiliza, é possível o treino clínico nos manequins e não nos doentes. Estes não são cobaias, lembrou também.

Sobre a distribuição dos benefícios, entre médicos e doentes, Regina Rodrigues compara-a a uma moeda, colocada na vertical. Em um dos lados, estão os benefícios para os médicos, que passam pela segurança e desempenho técnico. No outro, estão as mais-valias para os doentes, que também se sentem mais seguros e sabem que os profissionais de saúde já têm experiência.