Viktoria Plzen: os checos no grupo da morte da Liga dos Campeões
Dominadores nos últimos 13 anos no campeonato checo, onde arrebataram os seus 6 títulos de campeão nacional (2011, 2013, 2015, 2016, 2018,2022), 1 taça nacional (2010) e 2 Supertaças (2011, 2015), o Viktoria Plzeň trata-se de uma equipa com aparições recentes nas competições europeias.
Durante os seus 111 anos de existência, o clube modificou por diversas vezes a sua denominação, em especial durante o regime comunista na Checoslováquia, onde as designações de Sokol e de Spartak antecederam à de Skoda, aquando da associação com a conhecida fabricante de automóveis em 1965. A adoção do seu atual nome ocorreu somente em 1992, perante o processo de democratização da nação checa. Apenas em 2005, a Skoda restabeleceria relações com o Viktoria Plzeň, num marco importante para a estrutura económica do emblema checo.
Em pleno ano de centenário, o atual campeão da Chéquia alcançou o seu primeiro ceptro de vencedor da liga nacional, num elenco onde constava Pavel Horváth (Ex-Sporting Clube de Portugal), que foi eleito pelos adeptos como o melhor jogador de todos os tempos do Viktoria Plzeň. A luta foi frenética, até á última jornada, finalizando com 69 pontos, perante os 68 obtidos pelo Sparta de Praga.
A primeira participação na Liga dos Campeões ocorreu em 2011-12. Eliminaram o Copenhaga (5-2) no play-off de acesso à fase de grupos, onde defrontaram Barcelona, AC Milan e BATE Borisov e asseguraram o 3º posto, qualificando-se para os 32 avos da Liga Europa, caindo no embate com o Schalke 04 (4-2), após prolongamento.
Em 2012-13, após eliminarem nas pré-eliminatória o Metalurgi Rustavi da Geórgia, o Ruch Chorzów da Polónia e o Lokeren da Bélgica, arrebataram a liderança do grupo B da Liga Europa, à frente do Atlético de Madrid. Nos 32avos bateram os italianos do Napoli (5-0) e foram eliminados pelo Fenerbahçe (2-1).
Em 2017-2018, na Liga Europa, venceram o grupo G com 12 pontos, após encontros com Steaua de Bucareste, Lugano e e Hapoel Be’er Sheeva. Ultrapassaram o Partizan de Belgrado nos 16avos da competição, caindo perante o Sporting Clube de Portugal, depois de prolongamento, fruto de um golo de Battaglia ter ditado o 3-2 na eliminatória, na 2ª mão, na Chéquia.
Na presente época, foram necessárias viagens à Moldávia (Sheriff Tiraspol, 4-2) e ao Azerbaijão (Qarabag, 2-1, numa fantástica reviravolta na partida caseira, com os golos de Kopic e Kliment) para selar a qualificação para a fase de grupos da liga milionária. Ditou o sorteio que Barcelona, Bayern e Inter sejam os adversários do Viktoria Plzeň, sendo virais nas redes sociais a reação entusiática dos jogadores à colocação no grupo da morte da presente edição da Champions.
Luís Enrique Santos