“Na Madeira estamos pouco habituados à liberdade”, diz a Iniciativa Liberal
Em nota de imprensa, a Iniciativa Liberal Madeira disse, esta tarde, que “a liberdade de expressão é um direito inalienável de cada um de nós. O direito que temos de ter as nossas opiniões, expressando-as livremente sem interferência de ninguém”.
Entende o partido que esse direito pode ser feito por meio de protestos e manifestações públicas, escrevendo artigos ou crónicas, livros ou folhetos, usando a oralidade na rádio e televisão, conversado com outras pessoas, por intermédio de trabalhos artísticos, pelo humor, usando a internet e as redes sociais e que “é obrigação da lei proteger a liberdade de receber informação de outros, como por exemplo, fazendo parte de uma audiência ou lendo uma revista”.
No entanto, lamenta a IL, “na Madeira estamos pouco habituados à liberdade. Exercermos mesmo uma autocensura que inibe, muitos de nós, a manifestar a opinião que temos. Por isso somos pouco participativos, não exercendo em pleno a nossa cidadania. Muitos se admiram quando alguém recusa o anonimato e assume com clareza o que pensa e sente”.
A Iniciativa Liberal Madeira aproveita a oportunidade para não deixar passar em claro a importante decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que condena o Estado português a pagar a Gil Canha e a Eduardo Welsh, 15.000 euros e as custas do processo, dando razão a estes dois madeirenses, uma vez que considera violado o artigo 10.° da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, artigo que se refere à liberdade de expressão.
“O nosso muito obrigado a estes dois conterrâneos por terem, em nome de todos nós, os que amam a liberdade, a coragem de afrontar poderes instituídos porque a razão está toda do seu lado”, conclui.