Governo Regional propõe prorrogação da concessão da Binter até à conclusão do concurso
Eduardo Jesus diz que a Secretaria de Estado tem o processo em mãos e tem de dar resposta para evitar a suspensão dos voos
O bloqueio de vendas de voos entre a Madeira e o Porto Santo por parte da concessionária da linha aérea, a espanhola Binter, terá de ser resolvido o mais rapidamente possível pelo Governo da República, através da Secretaria de Estado com a tutela dos transportes, governante que tem o processo em mãos há alguns meses e deixou arrastar a situação. Nem que para tal seja preciso prorrogar a actual concessão da operação.
Quem o afirma é Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura, que tem a tutela regional dos transportes aéreos, que afirma que o Governo Regional da Madeira "lamenta imenso de se encontrar no ponto em que se encontra, porque tudo foi feito para que este concurso fosse lançado a tempo e horas, sem atrasos e respeitando todos aqueles que eram os desejos e as necessidades da população do Porto Santo e da Madeira", frisa.
Explicando melhor, o governante madeirense relembra que "muito antes do anúncio do lançamento do concurso pelo Governo da República, o Governo Regional já tinha feito um trabalho bastante profundo, ouvindo todos os intervenientes nesta matéria no Porto Santo e, também, na Madeira, já tínhamos sensibilizado a Secretaria de Estado para atender a essas preocupações e necessidades e alertamos por variadíssimas vezes, naturalmente por escrito, que havia que ser lançado este concurso a tempo e horas".
"Assim não aconteceu e lamentamos que assim tenha sido", disse à TSF-Madeira, reagindo a uma notícia publicada esta manhã no JM. Eduardo Jesus reforça que, "mesmo depois de ter sido lançado o concurso, também verificamos que não foram respeitadas as condições que a Madeira e o Porto Santo sempre defenderam, como condições mínimas para que esta operação viesse a acontecer".
Naturalmente "desagradados com a evolução deste processo", o governante lembra que "estes atrasos não são bons para a população que se serve desta operação e, por outro lado, coloca em causa uma série de coisas que sempre quisemos prevenir desde a primeira hora", por isso, remete para o secretário de Estado das Infraestruturas a "prestar todos os esclarecimentos" sobre o processo, uma vez que o GR "não tem presença no concurso, não lançou o concurso, apenas fizemos um trabalho de campo bastante aprofundado".
Eduardo Jesus disse mesmo que "há poucos dias, tivemos o cuidado de alertar a Secretaria de Estado que, terminando a concessão actual em Outubro, e que a Binter deixava de vender bilhetes a partir de 22 ou 23 de Outubro, colocando uma incerteza sobre a continuidade da operação, se o concurso não fosse terminado rapidamente, então que se encontrasse forma de prorrogar a operação actual, garantindo a possibilidade de transporte entre as duas ilhas até que se concluísse o processo", disse.