Madeira

"PSD e CDS têm a faca e o queijo nas mãos" no que toca à baixa de impostos

Foto Victor Hugo
Foto Victor Hugo

O deputado do Movimento Juntos Pelo Povo acredita que é possível baixar a carga fiscal sobre o rendimento das famílias e sobre o consumo dos madeirenses, decisões que deviam merecer medidas concretas da coligação governamental PSD/CDS que, frisa Élvio Sousa, "têm a faca e o queijo nas mãos".

No primeiro encontro-convívio, que decorre por esta altura no Mercado de Agricultores de Gaula, freguesia onde teve origem o JPP, e que juntou cerca de 300 dos seus membros, o dirigente partidário realçou que este evento visa aproximar os militantes e as suas famílias, sobretudo aqueles que "ajudaram a fazer o partido aquilo que é actualmente".

Na declaração política, Élvio Sousa realçou que num momento "extremamente difícil do aumento do custo de vida, com o aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu e a inflação, penso que está na altura de o Governo Regional PSD/CDS pensar seriamente que tem a faca e o queijo na mão, em medidas concretas de emergência para minimizar o impacto desta conjuntura adversa", frisou.

Mandando uma farpa ao presidente do GR, Miguel Albuquerque, o dirigente partidário atirou que "infelizmente não são com bitcoins que se vai baixar o custo de vida na Região", acrescentando que "do ponto de vista fiscal a baixa da taxa do IVA seria uma medida essencialmente oportuna, correspondente à redução dos custos que a Região tem, nomeadamente criando maior eficiência, e por outro lado, também a pensar na classe média, está na altura de o Governo Regional deixar de encher os cofres não só com o IVA a 22%, como taxando a 20% quando podia ir a 30% os 3.º e 4.º escalões de IRS", propôs.

O Governo Regional, disse, tem de dar "um sinal claro", reduzindo a despesa pública, tal como o JPP fez "com eficiência e controle de gastos e com organigramas mais reduzidos e, por outro lado, aproveitar do ponto de vista fiscal", para baixar os impostos já referidos. "Porque não podemos aguardar para o próximo ano e o próximo Orçamento para que isso seja feito. Porque se ficar dinheiro dos contribuintes nos cofres da Região para terem que confrontar-se com o aumento do custo de vida, do mercado, do empréstimo bancário, com o aumento da renda e o custo da habitação, não vemos outra solução ao Governo que baixar a carga fiscal sobre o consumo e sobre o rendimento das famílias", concluiu.