Biden pede ao Congresso 11,7 mil milhões de dólares para ajuda adicional à Ucrânia
A administração norte-americana reforçou o compromisso com a Ucrânia, solicitando ao Congresso 11,7 mil milhões de dólares para assistência económica e de segurança daquele país e dois mil milhões de dólares para reduzir o custo da energia nos Estados Unidos.
Em Maio, o Senado dos EUA já havia aprovado 40 mil milhões de dólares (cerca do mesmo valor em euros ao câmbio atual) em ajuda militar e humanitária à Ucrânia para enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa, valor que foi autorizado após esgotado o pacote de 13.600 milhões autorizado em março.
"O Presidente Biden deixou claro que os Estados Unidos estão comprometidos em continuar a ajudar o povo da Ucrânia na defesa da sua soberania. Para cumprir esse compromisso, estamos a solicitar 11,7 mil milhões de dólares em assistência económica e de segurança para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2023", diz a Casa Branca.
O pedido foi expresso em vésperas de o Congresso retomar as atividades as atividades após as férias de verão.
A ajuda militar à Ucrânia visa reforçar a defesa daquele país a curto e longo prazo e já se concretizou, entre outros, com munições, diversos tipos de drones ou veículos táticos.
O ano fiscal começa em outubro. "Assim como no atual ano fiscal, estamos confiantes de que o Congresso irá chegar a um acordo de financiamento que irá beneficiar o povo americano. Mas faltando um mês para o ano fiscal, está claro que primeiro precisará aprovar uma resolução de curto prazo para manter o governo federal a funcionar", escreveu Shalanda Yung, diretora do departamento de gestão e orçamento da Casa Branca no seu blog.
O pacote de ajuda à Ucrânia faz parte dessa resolução de curto prazo e inclui pedidos para outras três emergências: Monkeypox, covid-19 e recuperação de desastres naturais.
A Casa Branca admite que a luta contra a pandemia de covid-19 precisa de fundos adicionais e avalia o valor em 22,4 mil milhões de dólares para responder às necessidades de curto prazo, desde a preparação para futuras variantes até a aceleração da investigação e desenvolvimento de vacinas e tratamentos.
O governo também pede 3,9 mil milhões de dólares para garantir que a população americana tenha acesso a vacinas, testes e tratamentos contra a varíola, e outros 600 milhões de dólares para ajudar a combater a doença em todo o mundo.
Os Estados Unidos acumulam o maior número de casos globais de Monkeypox, com 19.962, de um total de cerca de 53.000, segundo dados desta sexta-feira dos Centros de Controle de Doenças (CDC). A primeira morte no país de uma pessoa com varíola foi registada no final de agosto no Texas.
O pedido de mais 6.500 milhões para lidar com desastres naturais como secas, inundações e incêndios eleva o total de recursos solicitados pelo executivo democrata para 47.100 milhões de dólares. "Este governo irá continuar a trabalhar com membros de ambos os partidos no Congresso para atender a essas necessidades críticas do povo americano. Esperamos chegar a um acordo de financiamento bipartidário", conclui a nota divulgada.