Forte incêndio na Califórnia leva à retirada de 5.000 moradores de três cidades
Um intenso incêndio no norte da Califórnia ameaçou centenas de casas esta sexta-feira e as autoridades decidiram retirar pelo menos 5.000 moradores de três comunidades.
Habitantes das cidades de Weed, Lake Shastina e Edgewood, no condado de Siskiyou, foram retirados das suas casas depois de o incêndio ter consumido 202 hectares numa hora, explicou o gabinete do xerife de Siskiyou em comunicado.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram chamas de grandes dimensões na cidade de Weed, a cerca de 100 quilómetros a norte de Redding.
No sul do Estado da Califórnia, os bombeiros fizeram progressos esta sexta no combate contra dois grandes incêndios florestais, apesar do clima perigosamente quente.
A contenção do Route Fire ao longo da Interestadual 5 a norte de Los Angeles aumentou para 37% e permaneceu em pouco mais de 21 quilómetros quadrados, adiantou em comunicado o Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia.
Os bombeiros concentraram-se em eliminar os pontos quentes e construir mais linhas de contenção no fogo que até agora destruiu duas habitações.
A Califórnia está a atravessar uma grande onda de calor, com as temperaturas tão altas que os moradores foram solicitados a economizar energia durante o final da tarde e toda a noite, quando a energia solar diminui.
Na quarta-feira, sete bombeiros que trabalhavam no Route Fire tiveram que ser levados a hospitais para tratamento de doenças causadas pelo calor, mas já tiveram alta.
"O calor excessivo, a baixa humidade e o terreno íngreme continuarão a representar o maior desafio para os bombeiros", alertaram as autoridades.
No leste do condado de San Diego, o Border 32 Fire permaneceu em pouco menos de 18 quilómetros quadrados e a contenção aumentou para 20%.
Mais de 1.500 pessoas tiveram que ser retiradas de casa perto da fronteira entre EUA e México, quando o fogo começou na quarta-feira.
O Departamento do Xerife do Condado de San Diego começou a deixar algumas pessoas regressarem aquela zona na noite de quinta-feira.
Duas pessoas foram hospitalizadas com queimaduras e três casas e outras sete infraestruturas foram destruídas.
Os cientistas apontam que as alterações climáticas tornaram o Ocidente mais quente e seco nas últimas três décadas e vão continuar a tornar o clima mais extremo e os incêndios florestais mais frequentes e destrutivos.