Madeira

JPP acusa SESARAM de comprometer serviços urgentes ou emergentes

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O JPP deu uma conferência, esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa da Madeira, para denunciar "o facto do SESARAM não estar a fazer o transporte de doentes não urgentes, desde as urgências dos centros de saúde para o Hospital, recaindo este serviço para o transporte de socorro urgente dos bombeiros locais”, referiu Paulo Alves, porta-voz da iniciativa.

Esta situação, que o JPP considera “muito grave”, poderá “comprometer serviços urgentes ou emergentes que tenham de ser feitos nas localidades onde temos centros de Saúde com urgência, principalmente em Machico e na Ribeira Brava, zonas com maior fluxo automóvel na via rápida e com maior número de acidentes”.

Lembra que, no passado, "as urgências periféricas tinham uma ambulância permanente para realizar o transporte de doentes não urgentes até ao Hospital, no entanto, esse serviço passou depois para Serviço de Transporte de Doentes não Urgentes do SESARAM que agora não está a ser feito”.

E o que fazem as urgências dos centros de saúde? Telefonam aos bombeiros locais para que o transporte dos doentes seja feito pelas ambulâncias das corporações locais, que são poucas. Paulo Alves, deputado do JPP

O parlamentar faz as contas:

Sabemos que cada corporação tem cerca de 2 ambulâncias AMS, ou seja, ambulâncias de socorro, e tem outras ambulâncias que estão, muitas vezes, ocupadas. Quando os bombeiros são contactados, acabam por ceder as suas ambulâncias AMS, comprometendo-se uma situação de socorro que posso surgir. Paulo Alves, deputado do JPP

Paulo Aves relembrou que em Abril, o SESARAM abriu “um procedimento público de contratação de serviços para o transporte de doentes não urgentes, justificando que os próprios serviços não conseguiam responder às necessidades dos centros de saúde, estando a pagar mais de trinta e cinco mil euros por mês”.

E deixa uma questão final:

Como é que o SESARAM vai resolver este problema? (...) Várias são as pessoas que aguardam 3 a 4 horas de tempo para terem acesso a este transporte. Se há um serviço específico para o Transporte de doentes não urgentes, como é que se recusam a cumprir? Paulo Alves, deputado do JPP