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Pinto da Costa garante que "não há nenhum fim de ciclo" no FC Porto

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Foto TSF

O presidente do FC Porto garantiu hoje que "não há nenhum fim de ciclo" nos 'dragões', no dia em que recebeu o prémio 'Ouro e Mérito' da Associação de Futebol do Porto, na sede do organismo.

Pinto da Costa, que lembrou que ainda tem mais um ano e meio de mandato, garantiu que vai continuar a "lutar pelo clube".

"Quantos de vós não ouviram já várias vezes que estamos num fim de ciclo? Mas fim de ciclo de quê? De ganhar? As últimas três provas nacionais foram ganhas pelo FC Porto, vamos em breve apresentar resultados positivos de alguns milhões. Assumo todas as responsabilidades no que não estiver bem feito. Fim de ciclo? Estão enganados, estou aqui para lutar pelo FC Porto doa a quem doer", referiu, no discurso após receber o prémio.

O presidente frisou ainda que, enquanto sentir o apoio dos adeptos portistas, vai continuar no comando do clube, deixando no ar uma possível recandidatura.

"Enquanto sentir, não o apoio da comunicação social, não os interesses de quem for, mas a confiança dos sócios do FC Porto em 15 atos eleitorais, continuarei no meu posto, a liderar o FC Porto, com a confiança dos associados e com a ajuda da direção do FC Porto", garantiu.

À margem, e aos jornalistas, o dirigente respondeu a várias questões, nomeadamente sobre a postura de Taremi, ao assumir uma posição de luto nas redes sociais, devido à morte de Mahsa Amini, jovem que foi presa pela polícia dos costumes iraniana por "trajar roupas inadequadas".

"Sobre o Taremi, quero realçar a nobreza dele, em tomar partido da rapariga que foi assassinada, e por ter essa coragem num regime daqueles. Tapar o emblema e assumir-se em defesa dos direitos humanos, isso revela o enorme caráter do grande homem que ele é", referiu o dirigente, que se recusou a falar de qualquer outra situação relacionada com o avançado iraniano.

Pinto da Costa abordou ainda o apedrejamento ao carro da família do treinador Sérgio Conceição após o jogo da Liga dos Campeões frente ao Brugge.

"Ponham-se no lugar dele. Qualquer um de vocês que está a trabalhar, tem mulher e filhos, e o carro onde eles vão é apedrejado, pensem como se sentiriam. O Sérgio é um homem forte, de grande caráter e determinação, o apedrejamento abalou-o, mas não foi motivo para pensar que pudesse deixar de treinar o FC Porto porque um maluco qualquer atirou uma pedra ao carro", garantiu.

O presidente dos 'dragões' foi ainda questionado se ficou preocupado com a contestação dos adeptos após o encontro com o Estoril Praia [empate 1-1 na última ronda da I Liga], mostrando-se tranquilo com a situação.

"Fico preocupado quando um dia os sócios não ficarem aborrecidos com qualquer desaire, aí fico aborrecido. É sinal de que estão habituados a ganhar, que é clube vencedor, que não aceita outra situação. Os próprios jogadores contestam, o treinador fica chateado, e eu também fico, mas isso não nos diminui, encoraja-nos a ser mais fortes", frisou.

A cerimónia contou com a presença de vários elementos da SAD do FC Porto, sendo ainda de destacar que o presidente da Liga, Pedro Proença, o vice-presidente da FPF José Couceiro também se juntaram à cerimónia. Os autarcas Eduardo Vítor Rodrigues (Vila Nova de Gaia), Marco Martins (Gondomar) e Luísa Salgueiro (Matosinhos) marcaram igualmente presença.