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Partido Trabalhista urge governo britânico a repensar cortes fiscais

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Foto:  EPA/ADAM VAUGHAN

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, considerou hoje "muito grave" a intervenção do Banco de Inglaterra no mercado da dívida e urgiu o governo a repensar a política fiscal apresentada na semana passada. 

Em declarações aos jornalistas em Liverpool, onde hoje encerrou o congresso do 'Labour', Starmer disse que "o governo claramente perdeu o controlo da economia" e que "o que precisa de fazer agora é convocar o parlamento e abandonar este orçamento antes que sejam causados mais danos".

O Banco de Inglaterra anunciou hoje que vai intervir no mercado de dívida, comprando obrigações do Estado para "restabelecer as condições normais de mercado", numa altura em que os juros britânicos da dívida a longo prazo aumentaram para mais de 04 por cento.

A intervenção foi justificada com "riscos reais para a estabilidade financeira britânica", depois de o novo Governo britânico ter anunciado na passada sexta-feira medidas orçamentais com custos elevados, incluindo medidas de apoio à economia e um corte nos impostos, que causaram perturbação nos mercados.

O plano foi criticado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), agência de notação Moody's e numerosos economistas, mas o governo manifestou-se determinado em manter o rumo e prometeu publicar um plano fiscal a médio prazo em 23 de novembro, juntamente com novas previsões económicas.

No encerramento do congresso do partido Trabalhista, a número dois, Angela Rayner, prometeu que os Trabalhistas vão "transformar este país" e promover "um futuro mais verde e mais justo".

Entre algumas ideias reveladas hoje estão o aumento das vagas para formar médicos na universidade, a possibilidade de mercar consultas no médico de família pela internet e a oferta de atividades e pequeno almoço antes das aulas para todos alunos da escola primária.