Bruxelas propõe oitavo pacote de sanções face a nova escalada do Kremlin
A Comissão Europeia propôs hoje um oitavo pacote de sanções à Rússia, face à "nova escalada" do Kremlin na sua agressão à Ucrânia, com a realização de "referendos fraudulentos", mobilização parcial e a ameaça de recurso a armas nucleares.
O novo pacote de sanções da União Europeia, apresentado hoje em linhas gerais em Bruxelas pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, e pelo Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, inclui um teto ao preço do petróleo russo, novas restrições ao comércio para privar a Rússia de cerca de sete mil milhões de euros de receitas, uma proibição de exportações de mais produtos para privar o Kremlin de tecnologias-chave para a máquina de guerra russa, e uma atualização da lista de indivíduos e entidades alvo de medidas restritivas.
Bruxelas propõe também nesta nova ronda de sanções a proibição de prestação de serviços europeus à Rússia e a proibição de cidadãos da UE terem assento em órgãos diretivos de empresas estatais russas, argumentando que "a Rússia não deve beneficiar do conhecimento e da perícia" dos europeus.
"Na última semana, a Rússia escalou a invasão da Ucrânia para um novo nível, e estamos determinados a fazer com que o Kremlin pague o preço por esta nova escalada. Hoje, estamos a propor um novo pacote de sanções muito duras contra a Rússia", anunciou Von der Leyen.