Maduro acusa EUA e Europa de "suicídio económico" para punir a Rússia
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou hoje os Estados Unidos e a Europa de optarem pelo "suicídio económico" com o propósito de punir Moscovo pela invasão da Ucrânia.
"Na Europa anunciam uma recessão da economia, porque a Europa e os Estados Unidos optaram pelo suicídio económico, tentando matar a Rússia", disse o governante, durante um ato público transmitido pela televisão estatal venezuelana.
Maduro previu que "se anuncia uma grande recessão mundial", numa altura em que a Venezuela "bate o recorde mundial de crescimento económico da economia real, não petrolífera", que disse ser superior a 20% no atual trimestre.
"Há que estudar as repercussões da recessão mundial sobre a economia da América Latina e da Venezuela", frisou.
"A Europa e os Estados Unidos decretaram o suicídio económico e social das suas sociedades, das suas economias, para prejudicar, para acabar com a Rússia", disse o Presidente da Venezuela.
Maduro sublinhou que ainda que "por causa de uma obsessão russofóbica, preferem a crise energética, os apagões, a crise económica, a inflação sem controlo do que negociar a paz com a Rússia, dar 'garantias' à Rússia" para alcançar "um acordo de paz, de concórdia".
Maduro vincou que foi por isso, numa "carta à humanidade" enviada recentemente à ONU, se juntou à iniciativa lançada pelo Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para criar um Comité Internacional para o Diálogo e a Paz, no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para procurar "uma negociação de paz justa entre a Rússia e a Ucrânia e para toda a humanidade".
"Há que reativar os mecanismos da diplomacia, do diálogo, da política com um 'P' maiúsculo e não permitir que o conflito continue a escalar do militar para o económico, do económico para o social, do social para o político, do político para o militar, e um dia nos vejamos envolvidos numa grande guerra mundial de natureza nuclear", explicou.
O Presidente da Venezuela exclamou "Deus Santo! Não permita que isso aconteça! Não o permita!"
"A humanidade clama pela paz, compreensão, diálogo e diplomacia, e nós, desde a Venezuela, como guerreiros que somos, clamamos pelo diálogo, pela diplomacia e paz. É tão simples quanto isso", disse.