Venezuela e Colômbia reabrem fronteira comum fechada há sete anos
A Venezuela e a Colômbia reabriram hoje oficialmente a sua fronteira comum, fechada há sete anos, com um ato liderado pelo Presidente colombiano, Gustavo Petro, e pelo governador do estado de Táchira (Venezuela), Freddy Bernal.
O ato formal, que começou com a interpretação dos hinos nacionais e um aperto de mão das duas delegações, aconteceu na ponte internacional Simón Bolívar, principal posto de fronteira entre os dois países, e incluiu a passagem dos primeiros camiões de carga nos dois sentidos.
A delegação venezuelana foi completada pelo ministro dos Transportes, Ramón Velásquez, pelo ministro da Indústria, Hipólito Abreu, e pelo governador da agência tributária (Seniat), José David Cabelo.
O ato, embora simbólico, foi muito festejado do lado venezuelano, onde foram lançados ao ar balões com as cores das bandeiras dos dois países, e cerca de 50 pessoas aplaudiram e gritaram palavras de ordem.
Vestidos com camisas brancas fora das calças, Petro e os membros da delegação venezuelana presenciaram a passagem do primeiro camião venezuelano, que atravessou a fronteira para o lado colombiano carregado com 32 toneladas de ferro.
Para dar um toque festivo ao evento, o veículo, enfeitado com a bandeira venezuelana e com balões amarelos, azuis e vermelhos, buzinou várias vezes enquanto avançava lentamente pela ponte Simón Bolívar.
Este camião tornou-se a primeira exportação oficial entre os dois países, por via terrestre, dos últimos sete anos.
A ponte Simón Bolívar liga a cidade colombiana de Villa del Rosário, na região metropolitana de Cúcuta, capital do departamento do norte de Santander, à cidade venezuelana de San António, no estado de Táchira.
"Que o que vai acontecer hoje sirva para a prosperidade do povo do norte de Santander e da Colômbia", afirmou Petro, antes de dar início à cerimónia.
Minutos depois, um camião colombiano, também enfeitado com a bandeira do país e carregado de medicamentos, passou pela ponte em direção à Venezuela.
O Presidente colombiano, ladeado pelo primeiro-ministro, Álvaro Leiva, pelo ministro do Comércio, Indústria e Turismo, Germán Umaña, e pelo dos Transportes, Guillermo Rayes, assim como a delegação venezuelana presenciaram a passagem dos primeiros camiões.
Ao mesmo tempo, dezenas de cidadãos dos dois países viram, do lado colombiano da ponte, a passagem dos das mercadorias e gritaram "Viva!".