A suprema imbecilidade da ameaça nuclear
As atuais bombas de hidrogénio termonucleares (BHT) que constituem os arsenais militares de alguns países sendo a Rússia e os EUA os que possuem o maior número dessas ogivas nucleares, chegam nalguns casos a ter uma potência destrutiva mais de 1.000 vezes superior às bombas atómicas que destruíram Nagasaki e Hiroshima em 1945, e que ao deflagrarem mataram de imediato 120.000 pessoas e posteriormente milhares de pessoas que foram atingidas pela radiação e que durante mais de uma dezena de anos desenvolveram várias formas de cancro. Um conflito em larga escala utilizando as atuais BHT resultaria em mais de 90 milhões de mortos e feridos e a destruição maciça das cidades atingidas só nas primeiras horas, após o que continuariam a morrer milhões de pessoas, a curto e a médio prazo por todo o mundo, por causa dos efeitos colaterais como radiação e a disseminação de doenças cancerosas, impactos ambientais na camada de ozono, chuva radioativa e profundas alterações climáticas que afetariam a produção de alimentos. Toda esta tragédia se espalharia mais ou menos rapidamente por todo o mundo afetando não só a humanidade no seu todo como inúmeras espécies da vida animal e vegetal. Muito provavelmente acabaria com a vida humana no Planeta. Por tudo isto não deixa de causar estupefação ver e ouvir Putin a ameaçar com a guerra nuclear aqueles que ele considera serem os inimigos da Rússia, usando aliás uma retórica belicista semelhante à utilizada por Hitler ameaçando tudo e todos com base na pretensa superioridade do respetivo poderio militar. Na 2ª Grande Guerra após 6 anos de batalhas o número de mortes resultantes do conflito é estimado entre 70.000 a 85.000, o que compara com os 90 milhões de mortos e feridos que resultariam só nas primeiras horas de uma guerra nuclear em larga escala. A suprema imbecilidade da ameaça nuclear de Putin é que a mesma é dirigida contra a humanidade no seu todo onde se inclui o seu próprio povo.
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