Madeira

Roteiro do PAN aponta disparidade no concelho de Santa Cruz

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Foto arquivo

O PAN Madeira deu continuidade ao seu 'Roteiro de Verão', pelo concelho de Santa Cruz, onde apontou as "disparidades demográficas, climáticas e económicas" sentidas pelos habitantes das suas cinco freguesias.

Começando por Santo António da Serra, diz o PAN que "os fregueses desta localidade queixam-se, como já nos habituámos a ouvir, do êxodo rural e da estagnação económica e social da freguesia".

"Ainda que defendamos que o Santo não se deverá desvirtuar, esquecendo as virtudes da paz e tranquilidade, é importante para nós defender a criação de incentivos agressivos à fixação de jovens, na sua primeira residência, isentando o possível e oferecendo o necessário ao nível de taxas e burocracia", refere o partido em comunicado de imprensa. A aposta na experimentação agrícola, "estudando novas culturas", a "restituição da floresta nativa" ou a "criação de uma zona específica ao pastoreio" foram outras das propostas apresentadas para esta freguesia.

Já na freguesia sede do município, o PAN faz eco das "várias críticas às infantis querelas relativas à gestão e perda de água", lamentando também a "ausência total de políticas ambientais, de recuperação do coberto vegetal e da poupança de água". 

Em Gaula, "a estagnação da freguesia, a falta de negócios jovens e atractivos, em especial nas zonas altas da freguesia e o abandono do litoral" foram alguns dos pontos destacados pela população, segundo o PAN.

No Porto Novo, o partido diz que o cais local "é uma autêntica lixeira da actividade dos pescadores amadores", constatando a ausência de "uma estrutura física e rígida" para receber o lixo da actividade. 

Na Camacha, por seu turno, falam de "retrocesso total da importância desta freguesia no paradigma regional, inclusive na passagem de turistas pelo local", que atribuem ao "fecho de negócios emblemáticos", à "degradação galopante das quintas e herdades" ou ainda pela "perda e 'podas” mutiladores nas famosas árvores da zona".

Quanto ao Caniço consideram que "não passa dum dormitório da cidade do Funchal".  "Falta de um centro cívico", "falta de saneamento básico" nas zonas altas e a "constante interdição da praia dos Reis Magos devido às descardas da ETAR" foram algumas das queixas mencionadas, bem como "o imenso transito nas horas de ponta nas saídas da freguesia para a cidade do Funchal".

"Santa Cruz é a principal porta de entrada da nossa Região. Merece ter uma frente mar saudável e as suas serras verdes e limpas. Santa Cruz não pode ser apenas um dormitório ou lugar de passagem", sublinha.