Madeira

Dívida Bruta da Região abaixo dos 5 mil milhões de euros

Foto Arquivo/Rui Silva/Aspress
Foto Arquivo/Rui Silva/Aspress

A Madeira deverá ser vista em Bruxelas como um 'bom aluno' se as contas continuarem desta forma. É que segundo as contas hoje divulgadas pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, que deverão ser enviadas à Comissão Europeia no âmbito dos Procedimentos por Défices Excessivos, a redução da dívida bruta da Administração Pública Regional (APR) em 300 milhões de euros no final do 2.º trimestre de 2022 só podem ser boas notícias.

Segundo a DREM, a dívida bruta da APR "situava-se em 4.968,7 milhões de euros, tendo diminuído cerca de 300,7 milhões de euros (-5,7%) face ao final do trimestre anterior e aumentado 2,6 milhões de euros (+0,1%) comparativamente ao período homólogo". E acrescenta uma explicação: "A diminuição da dívida da APR verificada neste trimestre é explicada pela amortização de empréstimos utilizando para esse efeito quer a emissão obrigacionista ocorrida em Março de 2022, quer receitas próprias da Região."

Diz ainda a DREM que, "analisando a evolução da composição da dívida bruta por instrumento financeiro observa-se que o peso dos empréstimos diminuiu de 51,2% para 46,8% entre o 2.º trimestre de 2021 e o homólogo de 2022, sucedendo o inverso no que respeita à dívida titulada, cujo peso, no mesmo período, subiu de 48,8% para 53,2%", numa alteração objectivamente planeada para ter a dívida cada vez mais sob o 'chapéu' do Governo Regional.

"A repartição da dívida por setor emitente mostra que o Governo Regional é responsável por 91,6% (90,7% no trimestre homólogo) do total da dívida e as Empresas Públicas classificadas no perímetro da APR por 8,4% (9,3% no 2.º trimestre de 2021)", justifica.

Também a dívida líquida de depósitos aumentou, rondando os 4.773,0 milhões de euros no final do 2.º trimestre de 2022, tendo crescido "cerca de 96,8 milhões de euros (2,1%) face ao final do trimestre anterior, e crescido 164,8 milhões de euros (+3,6%) comparativamente ao período homólogo", conclui a DREM. Refira-se que esta dívida líquida de depósitos "corresponde à dívida bruta (dívida de Maastricht) subtraída dos depósitos nos bancos residentes".