Sectores da Construção e da Habitação tiveram ano de recuperação em 2021
As estatísticas dos sectores da Construção e da Habitação, divulgada esta manha pela DREM em relação a 2021, revelam, quiçá sem surpresa, que registou-se uma recuperação em praticamente todos os indicadores face a 2020.
A começar no parque habitacional madeirense que "foi estimado em 93.616 edifícios e 132.108 alojamentos, o que corresponde a acréscimos face ao ano anterior, de 0,20% (+184 edifícios) e 0,26% (+344 alojamentos), respectivamente".
"De acordo com as Estimativas das Obras Concluídas na RAM, em 2021, foram concluídos 301 edifícios - o número mais alto dos últimos oito anos - representando um aumento de 15,2% relativamente ao ano anterior", acrescenta a Direcção Regional de Estatística.
Contudo, "foram estimados 430 fogos concluídos para a Região, registando-se uma descida de 20,2% comparativamente a 2020 (539 fogos)", mas "no que diz respeito às obras licenciadas, estas ascenderam a 468 edifícios - o número mais elevado dos últimos dez anos - correspondendo a um crescimento de 1,5% face a 2020 (461 edifícios). Foram licenciados 998 fogos, +44,6% que em 2020 (690 fogos)", conta.
No 'Inquérito Anual às Empresas de Construção', que está apenas em 2020, conclui-se que nesse, igualmente sem surpresas, "o valor dos trabalhos realizados pelas empresas de construção com 20 e mais pessoas ao serviço da RAM ascendeu a 358,5 milhões de euros, traduzindo uma diminuição de 2,1% relativamente a 2019, impulsionada pelo decréscimo observado nos trabalhos realizados em 'Edifícios' (-12,4%), dado que nas 'Obras de Engenharia Civil' houve um acréscimo de 9,8%", salienta ainda assim esta nota positiva.
Quanto a outros dados sobre o Mercado de Habitação, diz a DREM que "em 2021, foram transaccionadas 3.571 habitações, o que constitui um novo máximo da série disponível e um crescimento de 32% relativamente a 2020", sabendo-se já que em 2022 (dados divulgados ontem e publicados hoje na edição impressa do DIÁRIO), poderá ser estabelecido novo recorde.
"O valor dos alojamentos transacionados no ano em referência ascendeu aos 611,4 milhões de euros, +49,0% que no ano anterior", acrescenta. "Em 2021, o preço mediano de alojamentos familiares vendidos na Região foi de 1.436 €/m2, registando um aumento de 10,2% relativamente ao ano anterior. Neste mesmo ano, o valor mediano de avaliação bancária de habitação na RAM fixou-se nos 1.233 euros/m2 - um máximo da série iniciada em 2011 - registando um crescimento de 6,8% em relação a 2020".
Igualmente, "o valor mediano das rendas dos 1.221 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares celebrados, em 2021, na Região, foi de 6,33 €/m2, valor superior ao do ano anterior (5,99 €/m2)", revelando que o sector cresceu ao mesmo ritmo, acelerado.
Por fim, as estimativas de vendas de cimento em 2021, apontam para 154.809 toneladas, "o valor mais alto dos últimos dez anos", +29,1% que no ano precedente (119.910 toneladas). Ao mesmo tempo, "o valor do cimento vendido no ano em referência situou-se nos 17,5 milhões de euros, registando um acréscimo de 33,5% comparativamente ao ano anterior (13,1 milhões de euros em 2020)", revelando o já de si preocupante aumento do custo da matéria-prima que alimenta todo um sector que conseguiu ter um ano excelente após a quebra causada pelo efeito disruptivo da covid-19.
Estes dados, revelados hoje pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) no seu portal de internet, são referentes a Estatísticas da Construção e da Habitação da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2021, e, "em simultâneo, actualiza as séries retrospetivas do Sistema de Informação de Operações Urbanísticas (SIOU), dos Indicadores das Empresas de Construção e da Construção e da Habitação", ainda assim não são completos, pois falta divulgar as Operações sobre Imóveis.