Irão bloqueia redes sociais após protestos que mataram pelo menos 17 pessoas
As autoridades iranianas bloquearam na quinta-feira o acesso às redes sociais Instagram e Whatsapp, após seis dias de protestos pela morte de uma jovem detida pela polícia da moralidade, nos quais já morreram pelo menos 17 pessoas.
O número de vítimas mortais será, no entanto, muito maior, segundo a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, que relata pelo menos 31 pessoas mortas pelas forças de segurança.
A morte da jovem iraniana Masha Amini, de 22 anos, desencadeou uma vaga de condenações em todo o mundo, com várias ONG a denunciar a repressão "brutal" aos protestos por parte das autoridades do país.
Masha Amini, natural do Curdistão, foi presa pela polícia da moralidade em 13 de setembro, em Teerão, por "vestir roupas inadequadas", e morreu três dias depois num hospital.
Vários grupos de ativistas dizem que a jovem foi vítima de uma agressão fatal na cabeça, mas as autoridades iranianas negam as acusações e anunciaram a abertura de uma investigação.
As manifestações decorreram por todo o país após o seu funeral, no sábado, e já alcançaram pelo menos 15 cidades do país.