Os "maravilhas"
Um trio de ‘salvadores’ contra 'clube de homem só' está a ser ensaiado no Marítimo
Boa noite!
Aparentemente, mesmo sem jogar, o Marítimo somou hoje os primeiros três pontos da época. Surgir alguém que queira “salvar” o clube e defendê-lo de forma “intransigente” é obra notável, bem mais vistosa do que a nova tribuna presidencial dos Barreiros, que tem entrada pelos balneários.
Aparentemente, apesar de um sem número de especialistas em tresler, há gente que ainda lê os sinais dos tempos. Aparecer alguém a sugerir uma “reflexão séria sobre o momento actual da Instituição” num contexto em que alguns andam de cabeça de perdida e outros brincam com coisas sérias é um sobressalto cívico.
Aparentemente, dar 24 horas para que Rui Fontes se pronuncie sobre um conjunto de questões é um exercício calculado em função da estratégia definida pelos contestatários, com base nos maus resultados desportivos e numa gestão alegadamente danosa do presidente. Mas se bem que tente forçar o erro, enquanto as respostas não chegam o mais provável é que o ‘trio maravilha’ seja entretanto derretido em lume brando pelos fanáticos que vegetam nas redes.
Só que para além das aparências há toda uma realidade que 50, 80 ou 112 assinaturas correm o risco de não acomodar e, sobretudo, tratar. Como é óbvio, cabe aos sócios e às outras tribos do futebol verde-rubro se pronunciarem sobre as motivações e projectos dos subscritores do ‘movimento’ à luz dos estatutos, dos valores e da ética. E é nesse capítulo que os ‘salvadores’ se arriscam a ser crucificados.
Se assim for, o ensaio para a destituição pode não chegar para que o “Lá vem, lá vem, os nossos maravilhas” seja entoado com fôlego renovado e afinado.