Não havia necessidade
Que tal oferecer uma viagem a Bruxelas à malta a quem falta milhas?
Boa noite!
Cinco curtas do dia motivam a questão: havia mesmo necessidade?
. Uma criança de 9 anos foi alegadamente agredida por uma colega de turma no Curral das Freiras. A ser verdade, para seu azar, foi vítima duas vezes. O pai que foi lesto em considerar a bolada na cara numa aula de educação física como acto de "xenofobia" e "negligência" – o que deve ser provado em sede própria para que haja consequências - devia ter contado até dez antes de exibir a filha nas redes sociais.
. O comunista Ricardo Lume defendeu hoje um diploma que cria o Dia do Agricultor na Região propondo que seja assinalado a 18 de Outubro. E nós a pensarmos que todas as profissões estavam contempladas nas festividades do 1.º de Maio, Dia do Trabalhador.
. O Grupo Parlamentar do PSD quis dar um voto de congratulação aos alunos - Lucas Joaquim Sousa Dória e José Tiago Fernandes Vieira - da Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, em Santana, pela conquista do concurso 'European Union Contest for Young Scientists'. Os jovens madeirenses que apresentaram um projecto de "utilização da pasta celulósica de bananeira para a remoção de microplásticos de águas contaminadas” devem estar eufóricos com o voto. Não era mais inteligente dar-lhes generosas bolsas de estudo, de mérito, ou de investigação?
. José Manuel Rodrigues convidou o presidente da Assembleia da República para dizer-lhe “sem receio, que o centralismo que, no passado, originou o separatismo continua a ser, hoje, uma fonte de divisionismo entre os portugueses” e para de Augusto Santos Silva ouvir que "o centralismo, a desatenção aos problemas específicos da insularidade e da periferia, o esquecimento do valor da continuidade territorial, fragilizam o Estado unitário”. O contencioso deixou de ser um exclusivo da autonomia!
. O RIR, qual partido das questões transcendentais, desafiou a comunicação social a questionar os deputados europeus, da República e regionais sobre “o que fazem com as milhas atribuídas pelas companhias aéreas, qual o destino dado e quem beneficia”, embora poupasse ao escrutínio outros excursionistas com viagens pagas pelo erário, o que não deixa de ser estranho, mesmo que nem todas as viagens gerem milhas. Os sites das transportadoras explicam como utilizar os créditos obtidos, permitindo inclusive aos clientes doar milhas a instituições que depois as podem trocar por viagens, levando a sua ajuda a quem mais precisa. Já agora, o RIR não está interessado em saber que fim levam os euros acumulados nos cartões de supermercado ou dos combustíveis? E os descontos concedidos na aplicação da H3 e no cartão IKEA? Senhores deputados, não se arranja uma viagem a Bruxelas a esta malta a quem falta milhas?