"A Autonomia é, em si mesma, democracia em acção", diz Santos Silva
O presidente da Assembleia da República começou a intervenção lembrando que esta é a primeira visita de um titular do cargo que desempenha à Região e destacou o facto de, como deputado, ter sido eleito pelo círculo de fora da Europa sendo, por isso, representante da grande diáspora madeirense.
Augusto Santos Silva também recordou o seu papel quando foi ministro dos Negócios Estrangeiros e destacou o trabalho junto da comunidade na Venezuela, com uma referência particular à colaboração com Sérgio Marques, ex-membro do Governo Regional e agora deputado e que também está presente na sessão solene.
Santos Silva lembrou o percurso que conduziu à instituição da Autonomia, só compatível com a democracia e sempre hostilizada pela ditadura do Estado Novo.
"A autonomia é, em si mesma, democracia em acção; pessoas escolhendo representantes para governarem em seu nome e sob o seu controlo, para responder eficazmente aos seus problemas e melhorarem a sua vida". Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República.
O presidente da AR referiu a evolução da Madeira, desde 1976 até hoje, ao nível do PIB, mortalidade infantil, escolaridade e outros dados sociais que provam que este foi o caminho certo.
Sobre a evolução da autonomia, não tem dúvida de que essa é uma competência das próprias regiões, na apresentação das suas reivindicações e propostas.
No entanto, deixa dois contributos. O primeiro é ver a autonomia na vertente qualitativa e não, apenas, quantitativa, Por outro lado, não tem dúvidas de que terá de haver uma cooperação parlamentar.
"O centralismo, a desatenção aos problemas específicos da insularidade e da periferia, o esquecimento do valor a continuidade territorial, fragilizam o Estado unitário", conclui.