Pelo menos 11 crianças mortas após ataque aéreo que destruiu escola na Birmânia
Pelo menos 11 crianças morreram após um ataque aéreo que destruiu uma escola no norte da Birmânia, revelou hoje a Unicef, com a junta governamental a acusar as milícias locais de usarem civis como escudos humanos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já condenou "fortemente" o ataque, segundo um porta-voz, que adiantou que o número de mortos foi de "pelo menos 13 pessoas, incluindo 11 crianças".
"Mesmo durante os conflitos armados, as escolas devem permanecer como zonas onde as crianças estão protegidas, para aprender. Os autores de crimes internacionais na Birmânia devem ser responsabilizados", acrescentou.
A Unicef adiantou que as 11 crianças "morreram no seguimento de um ataque aéreo e de um tiroteio indiscriminado em zonas civis, entre as quais uma escola em Depeyin, na região de Sagaing".
"Pelo menos 15 crianças da mesma escola desapareceram. A Unicef pede a sua libertação imediata e em segurança", prosseguiu a agência da ONU.
Desde o golpe de 01 de fevereiro de 2021, que derrubou a líder civil Aung San Suu Kui, que o caos 'reina' na Birmânia, onde a junta governamental trava uma luta sangrenta contra os seus opositores, que já provocou quase 2.300 mortos e 15.000 presos, de acordo com uma organização não-governamental local.
A região de Sagaing, no noroeste do país, tem sido palco de alguns dos confrontos mais violentos. A luta entre o povo birmanês contra o golpe e o exército já levou à destruição de aldeias inteiras.