Madeira

Sara Madruga defende acesso dos estudantes ao passe gratuito em Lisboa e majoração dos apoios à UMa

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“Numa altura em que mais de 2.000 estudantes madeirenses foram colocados na primeira fase do Ensino Superior e em que são conhecidas as dificuldades acrescidas das famílias para fazer face ao aumento do custo de vida, estamos aqui, hoje, para apresentar duas iniciativas que consideramos fundamentais para os nossos Estudantes e, neste caso, no que toca ao Ensino Superior, uma respeitante ao acesso ao passe gratuito anunciado pela Câmara Municipal de Lisboa e, a segunda, relativa à urgente majoração dos apoios à Universidade da Madeira” afirmou, hoje, a deputada Sara Madruga da Costa, numa ação que teve lugar junto à Universidade, no Madeira Tecnopolo.

Iniciativas que “são conjuntas e abrangem tanto os estudantes da Madeira quanto os dos Açores, numa frente insular dos deputados eleitos por estas duas Regiões à Assembleia da República”, vincou, frisando que “uma vez que as questões que se prendem com o Ensino Superior são da inteira responsabilidade do Governo da República, acreditamos que, através desta frente insular, podemos ser mais fortes para reivindicar melhores condições para os Estudantes da Madeira e dos Açores e, consequentemente, para as Universidades destes dois Arquipélagos”.

Em causa, explicou a deputada, está, por um lado, um projecto de resolução, a apresentar esta semana no parlamento nacional, que pretende a inclusão dos Estudantes Madeirenses e Açorianos nos transportes gratuitos anunciados pela Câmara Municipal de Lisboa. “Consideramos que é da maior justiça que os nossos Estudantes possam ser abrangidos por estes passes gratuitos e, com esta iniciativa, aquilo que pedimos ao Governo da República é que faça um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa para que esta integração venha a ser salvaguardada, de modo a que se aliviem os encargos, já de si muito difíceis de suportar, para as respetivas famílias”, sublinha a deputada eleita pelo PSD/Madeira, deixando claro que não faz sentido que os Estudantes insulares sejam penalizados ou fiquem de fora desta medida que se destina a todos os Universitários que estudam em Lisboa e que poderá ser replicada noutras partes do continente.

Por outro lado, prossegue Sara Madruga da Costa, “outra questão que temos vindo a defender e na qual iremos insistir também esta semana através da apresentação de um projeto de resolução diz respeito ao reforço do financiamento da Universidade da Madeira e à majoração desse mesmo financiamento”, fazendo questão de referir “que a Universidade da Madeira tem vindo a fazer grandes sacrifícios e tem tido grandes dificuldades em gerir o seu dia-a-dia e precisa urgentemente do reforço do seu financiamento, sendo tempo do Governo da República ultrapassar esta questão, sob pena da Universidade colocar em causa a qualidade do seu próprio serviço”.

Infelizmente, “o Governo da República tem descurado estas questões e tarda em cumprir com as suas obrigações e com as suas responsabilidades em matéria de Ensino Superior, deixando os Estudantes e as suas famílias desamparadas, algo que pretendemos minimizar através destas duas propostas”, vincou a deputada, reiterando que, nestas matérias, que são da exclusiva responsabilidade do Governo de António Costa, “não podem ser os Governos Regionais a garantir as respostas”, algo que já sucedeu no passado na Madeira.

“Como é do conhecimento público, se não fosse o Governo Regional a chegar-se à frente no caso do Passe Sub-23, este não se aplicaria na Região e não existiria esta resposta aos Estudantes universitários a frequentar estabelecimentos de ensino na Madeira, uma medida cujas despesas o Governo Regional teve de suportar, sem serem da sua responsabilidade e através do seu Orçamento”, disse. “Mal seria se, também no continente, o Governo Regional se tivesse que substituir ao Governo da República nos passes dos transportes públicos e aquilo que esperamos é que o Governo da República não parta deste princípio para continuar a desresponsabilizar-se daquilo que são as suas competências, tanto mais numa área fundamental como é a do Ensino Superior e que é da sua responsabilidade”, rematou.