“Ignóbil é a forma como o Governo está a mentir sobre os rastreios do cancro da mama"
Paulo Alves desmente SESARAM e insiste que rastreios estão outra vez comprometidos na Madeira
Na sequência da resposta do SESARAM às declarações do JPP, o deputado Paulo Alves voltou hoje a insistir que os rastreios do cancro da mama na Madeira estão parados, acusando o serviço regional de saúde de mentir aos utentes.
Na nota remetida às redações, o SESARAM classificou de "infundada e ignóbil" a acusação do parlamentar na conferência de imprensa desta sexta-feira, ao que Paulo Alves respondeu: "Ignóbil é a forma como o Conselho de Administração está a mentir sobre a situação que se está a viver no âmbito do Programa de Rastreio do cancro da Mama".
SESARAM diz que JPP fez acusação "infundada e ignóbil"
O partido considerou lamentável o Conselho de Administração do SESARAM "manter um braço de ferro com os profissionais do rastreio do cancro da mama, prejudicando as utentes da Região"
O deputado do Juntos pelo Povo considera "lamentável" o "desrespeito do SESARAM e a falta de humildade em assumir as falhas do Serviço de Saúde Regional, levando os utentes a acreditarem que têm um serviço de rastreio ao cancro da mama à disposição e em pleno funcionamento".
A verdade, insiste, é que "as unidades móveis de rastreio ao cancro da mama estão paradas" e que "há meses, os exames não passam pela dupla leitura o que significa que não é feito qualquer diagnóstico".
"Ou seja, há mulheres que fizeram o exame, que poderão estar a desenvolver um cancro da mama, mas pelo facto de os exames não terem sido analisados pelos médicos radiologistas, através de dupla leitura, não sabem qual a sua verdadeira situação. Isto sim, é um 'vil ataque' a todas as mulheres que passaram e passam por esta situação", atira Paulo Alves citado em nota de imprensa.
O político santa-cruzense aponta ainda que "não existem médicos radiologistas afectos ao serviço de rastreio e que estes profissionais não estão a ser devidamente valorizados".