Antes que seja tarde

Por vezes custa acreditar que: como é possível atingir um patamar de ingenuidade ao ponto de condenar um povo à sua própria miséria. Vivemos num país medíocre, onde os governantes são medíocres, os eleitores medíocres e um regime medíocre. Mas afinal se vivemos em democracia, se a liberdade foi uma (conquista do povo), se os políticos são eleitos, se a cada 4 ou 5 anos esse povo é chamado a eleger esses governantes, de que é que podemos reclamar? Elegemos de forma democrática um governo com 23% dos votos dos eleitores, 27% votou contra (noutros partidos) e aproximadamente 50% dos cidadãos (abstencionistas) pois já não acredita neste modelo de regime que querem continuará a designar de democracia. Vejamos: quando aparentemente parece tudo estar normal, qualquer incompetente serve para gerir a coisa pública, mesmo que a custo de excesso de corrupção, de clientelismo, de oportunismo e de interesses pessoais. Quando as coisas começam a agravar-se, eis que surgem as incertezas. É caso para dizer como alguém disse um dia; quando existe dinheiro qualquer um sabe governar. Agora vem o inverso, a inflação dispara, propositadamente surgem os problemas económicos e financeiros que a grande maioria começa a ter dificuldades em ultrapassar. Eis que surgem os magos da economia e acham que distribuindo dinheiro às migalhas, o povo sente que os governantes estarão a defender os interesses das populações. Nada mais errado. O estado arrecadou mais de 2 mil milhões em impostos com a inflação, e atira uma esmola aos portugueses como se de uma emergência nacional se trate, onde aparentemente salvará muitas famílias do caos. Será que a classe política não vai ao supermercado? Será que não abastecem a sua viatura, será que não vão à farmácia, não cortam o cabelo, não fazem obras de manutenção à casa, não pagam renda, não compram roupas e bens essenciais para os filhos regressarem à escola, isso não falando das prestações da casa e dos créditos de outros bens.

Teimosamente persiste o IVA da eletricidade e do gás ao preço do mais elevados da UE.

A situação caminha para um período dramático, as famílias veem-se a braços e cada vez mais contra a parede, a demagogia, a hipocrisia e a mentira tem sido a bandeira de sucessivos governos que ao longo de décadas conduziram o país e os portugueses ao caos e por um desfiladeiro. Sempre que situações semelhantes surgiram ao longo dos tempos, aqueles que outrora eram condenados e ostracizados pelos regimes em vigência, foram mais tarde chamados para salvarem as catástrofes fomentadas pelos que imprudentemente causaram as desgraças das nações. Reparem por exemplo: Churchill. Quando tudo era normal, calmo e pacífico rejeitaram-no como governante, na hora da calamidade foram rapidamente recorrer dele, um homem corajoso, lúcido, clarividente e imaginativo. Portugal foi parar (numa ditadura) às mãos de Salazar após a catástrofe financeira, para que à custa dos sacrifícios do povo se tronasse numa das economias mais estáveis do mundo. Ao contrário disso, todos os governos dos pós 25 de Abril contribuiu de certa forma para o atual estado de ruina a que o país se encontra; a maior dívida externa de sempre, insegurança, saúde desastrosa, educação caótica.

Portanto, os homens excecioneis servem apenas para situações excecionais, pois são os únicos capazes de as resolverem, depois eles desaparecem prescindimos deles pois os idiotas não nos colocam em causa. Estaremos, portanto, nós à espera a ver quando chega esse homem excecional para repor o país da catástrofe a que foi conduzido naquilo que em 48 anos este modelo de regime assente na corrupção e no compadrio não conseguiu fazer?

Sabiam que: é frequente os utentes no hospital esperarem mais de 24 horas para serem conduzidos ao internamento por falta de lugares, entretanto ficam em macas nos corredores horas a fio (ao frio e fome) deitados em macas? Isso sucede com alguma frequência.

A. J. Ferreira