Autor de grande incêndio no Funchal absolvido de crime de ofensa à integridade física grave
O arguido Paulo Gonçalves, que cumpre uma pena de 14 anos de prisão por ter iniciado, nas zonas altas de São Roque, o grande incêndio que atingiu uma grande área do Funchal a 8 de Agosto de 2016, foi hoje absolvido do crime de ofensa à integridade física grave.
A decisão da justiça, que entendeu que o arguido já foi condenado por um crime de incêndio florestal agravado e que este segundo não pode consistir num crime autónomo, foi conhecida esta tarde no Juízo Central Criminal do Funchal, neste que foi o segundo julgamento relacionado com a tragédia e que aconteceu através de videoconferência, dado que os guardas prisionais continuam em greve.
O Ministério Público acusou o jovem de 29 anos pelo crime de ofensa à integridade física grave, por alegadamente o seu acto ter resultado em queimaduras severas em João Aveiro, um homem de 68 anos que lutou contra as chamas na sua casa, no Beco do Tanque (Monte). Devido à gravidade das queimaduras, a vítima foi transferida para hospitais do continente mas acabou por falecer pouco mais de um ano após o incêndio. Este segundo julgamento teve início a 26 de Abril passado e o arguido optou pelo direito ao silêncio.