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Venezuela tem 245 presos políticos e 9 mil pessoas com restrições à liberdade

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A organização não governamental venezuelana Foro Penal (FP) denunciou hoje que 245 pessoas estão presas por motivos políticos no país, entre elas 13 mulheres, e que mais de 9.000 cidadãos continuam "submetidos arbitrariamente" a medidas restritivas da liberdade.

"Registamos, no Foro Penal, 245 presos políticos na Venezuela, 13 deles são mulheres", anunciou o advogado e vice-presidente da ONG na sua conta no Twitter.

Segundo Gonzalo Himiob, o total de pessoas presas inclui "232 homens e 13 mulheres, 118 civis e 127 militares, dos quais 244 são adultos e um adolescente".

A ONG precisa que na semana passada foi libertada uma pessoa e que 79 dos presos políticos já foram condenados por tribunais, estando e 166 a aguardar julgamento.

Também através do Twitter, o diretor do FP Alfredo Romero precisa que "desde 2014 registaram-se 15.775 detenções políticas na Venezuela".

"O FP assistiu gratuitamente mais de 12.000 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos seus Direitos Humanos. Além disso, dos presos políticos, mais de 9.000 pessoas continuam submetidas arbitrariamente a medidas restritivas da sua liberdade", afirmou Alfredo Romero.

Os dados dos presos políticos venezuelanos foram enviados à Organização de Estados Americanos (OEA), para certificação.

Ainda no Twitter, o Foro Penal divulga outras mensagens recordando a morte de um venezuelano na prisão, pedindo "que se faça justiça".

"Hoje recordamos a morte, sob a custódia do Estado, do preso político Pedro Pablo San Luís Santana, em 14 de agosto de 2020. Não o esquecemos, que se faça justiça", refere a ONG, precisando que este "sofria de cardiopatia isquémica com revascularização, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial severa".