Resposta ao deputado Carlos João Pereira

“O PS deve responder se quer ganhar em 2023”, escreve, em artigo de 14 deste mês, o deputado Carlos João Pereira no Diário de Notícias. Minha alma está perplexa! Então um deputado da República, cabeça de lista das eleições legislativas nacionais em janeiro deste ano coloca-se em posição de observador, como se não estivesse ele envolvido, por dever, aliás, como qualquer militante, com o que se passa no partido?

Mesmo que, eventualmente, integre os órgãos regionais do Partido apenas por inerência, é nos órgãos do partido de que é deputado, sucessivamente, na Assembleia Legislativa da Madeira e no parlamento nacional, por várias legislaturas, que tem de ser solidário, e colocar essa questão e deve, ele próprio, propor alternativas, se acha que o percurso não é este, ou é este, mas deve ser ainda melhorado.

Eu mesmo, na minha condição de militante de base, e não pertencendo aos órgãos do partido, no momento próprio, já dei a resposta à pergunta que hoje faz o deputado, na Moção de Orientação Global intitulada Alternativa Democrática e Social, pela nossa Madeira e que entreguei no partido antes do último Congresso. Se o Dr. Carlos Pereira não leu, ainda vai a tempo, pode fazê-lo aqui http://www.miguel-fonseca.pt/. (A proposta não foi então discutida, por razões conhecidas).

A partir de hoje, os madeirenses têm o dever de saber se o senhor deputado acha que o partido está preparado para responder afirmativamente a essa questão e, se entender que não está, vai ou não colaborar com a Direção do PS-M para defrontar o PSD/CDS de forma vitoriosa para o Partido e para a Madeira?

Agora, se o Senhor Deputado pergunta, mas não responde, mais valia estar calado, porque, então, concluiremos que, a esta distância, já estão a tilintar as espadas para o pós-eleições, onde se dirá eu bem avisei. E o PS ficará mais fraco.

Miguel Fonseca