Madeira lidera aumentos das dormidas no alojamento turístico em Julho
A Madeira liderou, em Julho de 2022, as subidas registadas no alojamento turístico nacional no que às dormidas diz respeito, no mês em que à excepção do Algarve, "registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões", anunciou o INE hoje os dados provisórios do sector.
"O Algarve concentrou 33,1% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (22,7%), o Norte (15,6%), a RA Madeira (10,5%) e o Centro (10,0%)", frisa. "Comparando com Julho de 2019, apenas o Algarve registou um decréscimo (-4,5%). Os aumentos mais expressivos ocorreram na RA Madeira (+21,0%), Norte (+14,9%) e Centro (+10,6%)", especifica.
Em termos de mercados a Madeira também continua a liderar os crescimentos, ainda mais destacada. "Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a RA Madeira (+78,6%), Centro (+22,4%), Norte (+21,2%), AM Lisboa (+12,7%) e Alentejo (+12,6%)", enquanto que "as dormidas de não residentes aumentaram no Norte (+11,3%), RA Madeira (+11,1%), AM Lisboa (+2,8%) e RA Açores (+0,2%), tendo-se observado as maiores diminuições no Algarve (-8,3%) e Alentejo (-7,4%)", frisa.
Em concreto, foram mais de 903 mil dormidas no alojamento turístico da Madeira nesse mês, totalizando nos sete meses de 2022 mais de 4,5 milhões de dormidas. De referir que de Janeiro a Julho as dormidas de residentes aumentaram 79% e de não residentes +321%.
Menos não residentes no Funchal
De referir que os dados do INE não contemplam um grosso grupo de unidade se alojamento local com menos de 10 camas, pelo que estes dados estão desfasados da realidade, emboras sejam um espelho, mas com valores mais baixos. É o caso dos valores para o Funchal.
"Em Julho, o município de Lisboa registou 1,4 milhões de dormidas (16,2% do total do país). Comparando com Julho de 2019, as dormidas aumentaram 4,2% (+6,8% nos residentes e +3,7% nos não residentes)", começa por referir este segmento por concelhos.
"O município de Albufeira concentrou 12,6% do total de dormidas, atingindo 1,1 milhões, o que representa uma redução de 11,7% face a Julho de 2019 (-4,5% nos residentes e -14,3% nos não residentes)", aponta.
Em terceiro, "no Funchal (6,7% do total), registaram-se 576,6 mil dormidas em Julho, um acréscimo de 24,6% (+109,2% nos residentes e +14,4% nos não residentes) em comparação com o período homólogo de 2019", refere.
"No Porto (6,1% do total), registaram-se 524,0 mil dormidas em Julho, que se traduziram num crescimento de 11,0% face ao mesmo mês de 2019 (+8,9% nos residentes e +11,4% nos não residentes)", continua.
Já no "conjunto dos primeiros sete meses de 2022, face a igual período de 2019, as dormidas diminuíram na maioria dos principais municípios: -10,6% em Lisboa (-4,1% nos residentes e -11,8% nos não residentes), -18,5% em Albufeira (-13,3% nos residentes e -19,9% nos não residentes) e -1,2% no Porto (+5,3% nos residentes e -2,7% nos não residentes)", mas "o município do Funchal registou um aumento de 5,8% (+75,5% nos residentes e -2,1% nos não residentes)". E é aqui que os dados podem não expressar toda a realidade, uma vez que a grande maioria dos AL na Madeira estão no Funchal e uma maioria significativa não são contemplados nestas contas.
Melhor taxa de ocupação cama e quarto
A Madeira tem neste mês e no acumulado do ano, as melhores taxas de ocupação-cama e ocupação-quarto. A taxa de ocupação-cama foi de 71,7% em Julho (+14,9 pontos percentuais) e nos sete meses é de 59,4% (+30,5 pontos percentuais), aumentos já significativos face a iguais períodos de 2021.
Na taxa de ocupação-quarto é ainda melhor e maior a distância para as outras regiões e amédia nacional. Mais 81,3% em Julho (+19,5 pontos percentuais) e mais 67,5% de Janeiro a Julho (+35,4 pontos percentuais).
"A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (67,7%) aumentou 27,0 p.p. em Julho (+27,3 p.p. em Junho) e ultrapassou o valor registado em Julho de 2019 (65,5%)", resume o INE para a média nacional.
Outros indicadores revelam também a continuação do bom momento para o sector.