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Tribunal proíbe campanha de Bolsonaro de usar imagens do bicentenário

Foto EPA/Joedson Alves
Foto EPA/Joedson Alves

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil proibiu a campanha do chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, candidato às presidenciais de 02 outubro, de divulgar material de propaganda relacionado com as comemorações do bicentenário do país.

Os juízes do TSE consideraram, numa decisão por unanimidade na terça-feira, ter havido abuso de poder político e económico, e uso indevido dos meios de comunicação social, tanto nas comemorações realizadas em Brasília, como no Rio de Janeiro.

Bolsonaro e o candidato a vice-Presidente, Braga Neto, estão por isso proibidos de "veicular todo e qualquer material de propaganda eleitoral com imagens capturadas durante os eventos oficiais do último dia 07 de setembro", indicou o TSE, em comunicado.

Caso não cumpram as determinações, terão de pagar uma multa diária de 10.000 reais (quase dois mil euros) por dia.

A rede de televisão pública TV Brasil terá de retirar da plataforma online YouTube todo o material da cobertura do bicentenário da independência.

Esta decisão surge depois de o Presidente brasileiro ter participado em Brasília e no Rio de Janeiro nas maiores cerimónias, desfiles e manifestações do bicentenário da independência, alvo de várias críticas por se terem transformado num comício político de Jair Bolsonaro, a menos de um mês das eleições presidenciais.

Depois do desfile cívico-militar das comemorações do bicentenário da independência, em Brasília, Bolsonaro cruzou a Esplanada dos Ministérios, juntamente com a mulher, Michelle, e, num palco improvisado, discursou perante milhares de apoiantes que o esperavam.

Bolsonaro seguiu depois para o Rio de Janeiro para se juntar às concentrações e pediu votos, num discurso na praia de Copacabana, durante um ato que juntou propaganda eleitoral com as comemorações do bicentenário da independência do país.

No mesmo plenário de terça-feira, o TSE multou em quase dois mil euros o candidato e antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada feita num evento realizado em 03 de agosto e proibiu a utilização para material de campanha.