Accionistas aprovam oferta de Elon Musk para compra do Twitter
Os acionistas do Twitter deram hoje 'luz verde' à proposta de Elon Musk, no valor de 44.000 milhões de dólares (cerca de 43.500 milhões de euros), para a compra da empresa, avançou ontem o Washington Post.
A votação surge depois do presidente da Tesla ter decidido não avançar com a compra da rede social.
No final de agosto, o empresário enviou uma nova carta ao Twitter invocando acusações do antigo chefe de segurança da empresa, Peiter Zatko, para justificar com mais argumentos o abandono da compra.
"Alegações sobre determinados factos conhecidos pelo Twitter antes ou a 08 de julho de 2022, mas não divulgadas aos representantes de Musk antes ou nessa data, surgiram depois e constituem razões adicionais para pôr fim ao acordo de compra", escreveu Mike Ringler, um dos advogados de Musk, numa carta ao responsável jurídico do Twitter.
Ringler refere-se a alegações de Peiter "Mudge" Zatko, ex-responsável pela segurança do Twitter, que apontou falhas de cibersegurança da plataforma e acusou os dirigentes de terem mentido sobre os meios usados para combater contas falsas e 'spams'.
Musk depôs também um documento junto do regulador da bolsa norte-americana, alertando-o para as razões adicionais que justificam ter abandonado o projeto de aquisição do Twitter.
A decisão de desistir da compra foi anunciada no início de julho, com Musk a acusar a empresa de não ter respeitado os acordos e de não ter comunicado o número exato de contas falsas e 'spams'.
A desistência levou o Twitter a processar o multimilionário para o obrigar a honrar os termos do acordo.
O julgamento, que vai durar cinco dias, começa em 17 de outubro num tribunal especializado do Delaware.