Um país a arder
Portugal é demasiado importante para ser governado por imbecis
Depois de ter alcançado esse feito extraordinário que é conseguir uma maioria absoluta sem nunca ter feito nada pelos portugueses, António Costa passeia agora tranquilo e muito sorridente, fingindo que dá enquanto tira.
As medidas apresentadas pelo governo socialista para combater a inflação são uma verdadeira fraude. Confesso que teria vergonha de as apresentar ao meu país, mas, de facto, essa falta de vergonha é a imagem de marca das governações socialistas e de outros movimentos oportunistas camaleónicos locais de inspiração esquerdista radical que o tempo encarregar-se-á de desmascarar.
António Costa tentou fintar os portugueses. Fintou a lei de atualização das pensões e anunciou um apoio imediato aos pensionistas que, em boa verdade, bem vistas as coisas, se enquadra numa política de medidas que representam um corte de mil milhões de euros no sistema de pensões. Apanhado, António Costa opta por recorrer a uma dança política, no ridículo muito parecida à desconfortável dança que protagonizou recentemente em Moçambique, e passa então a falar em sustentabilidade da Segurança Social. Extraordinário: o homem que foi cúmplice de José Sócrates nas políticas que levaram Portugal à bancarrota e que prossegue um caminho de empobrecimento apenas contrariado por circunstâncias que nada têm a ver com a sua intervenção político-governativa, diz-se, agora, depois de perceber que não conseguiu enganar os portugueses, preocupado com a sustentabilidade da Segurança Social. Os portugueses enfrentam um momento particularmente delicado com o aumento significativo e repentino do custo de vida e o que o socialismo de António Costa tem para dar ao país é apenas isto: entretenimento e conversa fiada.
Entretanto, depois de mais um verão a arder, o país regressa às aulas. E as notícias nacionais da abertura das escolas mostram também o fracasso da governação socialista. Mais uma vez, tentam fingir que está tudo bem, mas não está. O Ministro da Educação diz que há “horários por preencher no arranque das aulas”. Este é o malabarismo linguístico socialista que tenta disfarçar a triste realidade: “há 60 mil alunos com pelo menos um professor em falta”. Portugal inicia o ano letivo com alunos sem professores. E este é apenas um dos sinais que evidenciam o desastre da Educação em Portugal.
Na Saúde, a sucessão de episódios de terror nos hospitais faz cair Marta Temido que anuncia a sua demissão depois da notícia da morte de uma senhora grávida enquanto era transferida do Hospital de Santa Maria, onde tinha entrado onze horas antes e onde não existiam incubadoras disponíveis para um bebé prematuro. Os médicos, a quem António Costa, em agosto de 2020, chamou “cobardes”, falam em “taxa de ocupação relativamente elevada” e dizem que “a paragem cardiorrespiratória foi inesperada porque ocorreu quinze minutos depois de sair”. Sem comentários.
Perante tudo isto, António Costa, que, em junho deste ano, afirmava perante a Assembleia da República que “a responsabilidade política de tudo o que acontece no Governo é obviamente do Primeiro-Ministro” e que, portanto, assumia “a responsabilidade por tudo o que fazem ou não fazem os membros do Governo” que escolheu, surge então, sempre sorridente, e diz apenas que foi apanhado de surpresa. Admite que aquele último caso das urgências em colapso terá sido a “gota de água”, diz que não vai mudar as suas políticas na Saúde e aceita a demissão da Ministra. Marta Temido acabou, assim, por ser apenas mais uma vítima de António Costa que tenta lançar sobre ela todos os males da Saúde enquanto se prepara para a propaganda da apresentação do novo modelo do Serviço Nacional de Saúde.
Enfim, não tenhamos ilusões, o socialismo e todos os movimentos populistas de matriz esquerdista radical são um desastre. E é preciso salvar o país. Portugal é demasiado importante para ser governado por imbecis. Estamos a falar da nossa vida e da vida dos nossos filhos e dos nossos netos.