Madeira

Greve de guardas condiciona julgamento de 'gigante' acusado de violação no Funchal

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Uma greve de guardas prisionais impediu, esta manhã, o transporte do arguido A. Freitas desde a cadeia da Cancela para o tribunal do Funchal (Edifício 2000), onde tinha julgamento agendado por alegada violação de uma jovem turista britânica, ocorrida na madrugada de 2 de Setembro do ano passado, na promenade junto ao complexo balnear da Ponta Gorda. Ainda assim, tal facto não impediu o início do julgamento, visto que o arguido aceitou acompanhar a audiência a partir do estabelecimento prisional, através de videoconferência.

A. Freitas, de 30 anos, que é acusado de ter agredido duas jovens turistas britânicas e violado um delas e que se encontra em prisão preventiva desde 7 de Setembro do ano passado, optou por não falar perante o colectivo de juízas presidido por Teresa de Sousa. Deste modo, o tribunal ouviu as primeiras três testemunhas. Duas moradoras na Rua da Ponta da Cruz explicaram como a jovem turista britânica apareceu naquele local na madrugada de 2 de Setembro de 2021 com sangue na cara, a roupa desorganizada e queixando-se de ter sido violada. Também foi ouvido um jovem que conviveu com as duas turistas num bar da promenade do Lido e que explicou que estas tinham ingerido bebidas alcoólicas. Este julgamento prossegue esta tarde.

O arguido, que é conhecido pela alcunha de ‘gigante’ devido à sua fisionomia alta e esguia e que habitualmente deambulava pelas ruas da baixa do Funchal, tem já duas condenações no cadastro por agressões e estava referenciado por furtos na cidade. Aliás, quando se acercou das turistas britânicas pretendia alegadamente roubar-lhes o dinheiro que tivessem em sua posse e chegou a encostar uma faca ao pescoço de uma das vítimas.

A. Freitas, que nasceu na ilha Terceira (Açores) mas reside há muitos anos na Madeira, é acusado de um crime de violação, um crime de ofensa à integridade física simples e um crime de roubo qualificado.