Seis migrantes sírios morrem de sede e fome durante travessia do Mediterrâneo
Seis sírios, incluindo dois recém-nascidos, morreram de sede e fome quando tentavam atravessar o Mediterrâneo numa embarcação improvisada na esperança de acostar em Itália, divulgou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
"Seis refugiados sírios, incluindo crianças, mulheres e adolescentes, perderam a vida no mar. Morreram de sede, fome e queimaduras graves", escreveu Chira Cardoletti, a representante do ACNUR em Itália, na sua conta na rede social Twitter.
"Isto é inaceitável. O reforço do resgate no mar é a única forma de evitar estas tragédias", acrescentou.
As vítimas são duas crianças de um e dois anos, uma de 12 anos e três adultos, enquanto a avó e a mãe das crianças fazem parte dos 26 sobreviventes que se encontram a receber cuidados de saúde em Pozzallo, na ilha italiana da Sicília, de acordo com um comunicado do ACNUR.
O estado de saúde de muitos dos sobreviventes é "extremamente grave", informou ainda a organização.
De acordo com a agência europeia Frontex, a rota do Mediterrâneo Central foi utilizada por mais de 42.500 migrantes de janeiro a julho, um aumento de 44% em relação aos primeiros sete meses de 2021.
Segundo o ACNUR, 1.200 pessoas perderam a vida no Mediterrâneo desde o início do ano.