Rogério ataca Iglésias por defender mais a República
Rogério Gouveia, secretário regional das Finanças, já deu o ‘troco’ ao deputado e vice-presidente do PS-M por este ter desafiado o Governo Regional a devolver aos contribuintes o excedente do IVA deste ano e insiste em baixar as taxas daquele imposto e do IRS até ao diferencial máximo de 30%.
À margem da Cimeira Insular que decorre nas Mudas, na Calheta, o governante refutou as declarações que são notícia na edição do DIÁRIO desta segunda-feira, dizendo que o governo madeirense não tem amealhado dinheiro com a subida da inflação.
“O senhor deputado novamente anda distraído e mais empenhado em defender a República do que o círculo eleitoral que o elegeu”, ripostou passando a enumerar o rol de medidas que o Governo Regional tem vindo a aplicar nomeadamente os cerca de 70 milhões em sobrecustos que a Empresa de Electricidade está a ter e não estar reflectidos nas facturas dos clientes.
Mas não esqueceu outros como “desagravamento fiscal” que ronda os “100 milhões de euros”, medida que o governo central não seguiu, considerando que o deputado “deveria se insurgir”
De acordo com as contas do deputado socialista a Região encaixa 87 milhões a mais a ‘reboque’ da escalada de preços e da política em não reduzir as taxas dos impostos sobre os bens de consumo. Iglésias defende que o excede deve ser devolvido aos contribuintes de modo aliviar os encargos.
Só em IVA, contas feitas pelo parlamentar e vice-presidente do PS-M, o executivo madeirense deverá arrecadar “60 milhões de receita extraordinária mais 27 milhões em acertos”.
Ora, Rogério Gouveia replicou voltando à carga lembrando o pacote de apoios como a baixa do ISP que “já supera os 7 milhões de euros” ou no sector primário que ronda os 3,5 milhões de euros ou ainda o auxílio aos passes sociais que valem 7,9 milhões de euros.
Plano da educação o tutelar da pasta das finanças lembrou o apoio ao pagamento das creches no valor de 4,3 milhões de euros.
Porque o caderno de medidas é extenso Rogério Gouveia falou ainda da reserva estratégica de cereais que equivale uma comparticipação de 700 mil euros.
“Poderia ficar aqui a enumerar muitas mais medidas que foram implementadas como é também o caso da Região ter o “IRC mais baixo do país”.